terça-feira, 17 de abril de 2012

Udevip é criada para defender direitos dos deficientes visuais de Parintins



Um grupo de pessoas com deficiência visual, se reuniu na manha de terça feira, 10, no auditório do Centro de Tempo Integral (Ceti) para criar a União dos Deficientes Visuais de Parintins (Udevip). O objetivo da mobilização é para que a classe fortaleça ideias e lutas e chamar a atenção dos administradores em relação a melhorias de acessibilidade aos deficientes que encontram dificuldades no dia a dia na cidade.
O acadêmico de jornalismo Elenilson Ramos, aclamado presidente da entidade, revela a felicidade em participar da fundação da Udevip que tem o objetivo defender os direitos das pessoas com deficiência visual. “Foram várias discursões até conseguirmos realizar esse sonho e fundar a entidade para lutar pelos direitos dos deficientes. Não sinto orgulho, por que isso não é da minha índole, mas fico feliz em fazer parte da Udevip”, diz.
Segundo Elenilson 25, pessoas com deficiência visual e vários amigos se tornaram sócios da entidade, e individualmente é difícil lutar por alguma coisa, mas juntos, com a entidade de representação, podem desenvolver atividades e buscar apoio para atender as necessidades básicas dos deficientes, que pelos dados chegam a 80 pessoas com deficiência visual em Parintins.
De acordo com o acadêmico existem muitas ideias para serem concretizadas, mas a primeira ação da diretoria à frente da Udevip é atualizar laudos médicos de todos os deficientes para fazer a ficha cadastral e elaborar as Carteiras do Deficiente Visual, para obter os benefícios previstos na Lei e tenham respaldo legal como sócios da entidade.
 “Fico feliz quando os deficientes visuais saem em busca de qualificação e reivindicam direitos. Isso me deixa com mais responsabilidade e vontade de lutar. Vamos fazer àquilo que a classe almeja e procurar atender aquilo que querem, e assim reivindicar das autoridades aquilo que vai ser bom para todos”, ressalta.

                Vice-presidente


Carolina Brasileiro, 25, vice-presidente da Udevip, é formada em direito pela Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam), é especialista em Direito do Trabalho Previdenciário pelo Ciesa e cursa especialização em Direito Tributário pela faculdade Fametro. Para ela a fundação da Udevip representa a realização de um sonho. “Eu, o Elenilson e a dona Leninha começamos a reunir em minha casa e a partir daí reunimos outras pessoas que vivem junto conosco a realização desse sonho”.
A vice-presidente revela que a entidade vai lutar por cultura, esporte, lazer e promover encontros, almoços e jantares para integrar os deficientes e incentivá-los a estudar e partir em busca de conquistas, para que estejam preparados a enfrentar preconceitos, dificuldades e discriminação vencida no dia, dia. “Defender os direitos da classe, e mostrar ao deficiente as dificuldades que pode enfrentar nos concursos públicos,  além de esclarecer e lutar pela aplicabilidade da Lei que beneficia os deficientes, esse é o dever da Univip, e é o que nós vamos cobrar das autoridades”.

              Fortalecimento


Francinaldo de Souza Menezes que concluiu Licenciatura Plena em Geografia na UEA Parintins, relata que a fundação da Univip significa o fortalecimento das pessoas com deficiência visual e pode fortalecer as ideias e as lutas para que a administração pública melhore a arquitetura e acessibilidade aos portadores de deficiência visual.
Segundo ele depois de formado, as portas estão se abrindo aos poucos, mas ainda estão restritas, pois gestores de escolas no município ainda não confiam nos deficientes. “Eles ainda acham que os deficientes têm que estar em casa. Queremos afirmar que não é isso que buscamos, queremos que essas pessoas nos olhem com respeito, pois a partir do momento que raciocinamos somos capazes de tudo, é só as pessoas respeitarem, confiarem, acreditarem e dar-nos oportunidade que mostraremos que somos capazes”, finaliza.

Coordenadora fala sobre direitos dos deficientes


A professora Paula Martins Coordenadora de Educação Inclusiva da Semed, diz que ao fazer parte de uma entidade, a pessoa tem uma abrangência da questão do cumprimento da Legislação, porém a exigência para que a Lei seja cumprida é muito maior. Segundo ela, se uma pessoa com deficiência visual não tem acesso a determinado local, na questão da acessibilidade arquitetônica, o cidadão pode entrar com recurso para que o espaço seja adaptado. “Esse espaço pode inclusive ser fechado, até que seja feito a adequação de acessibilidade e facilite entrada e saída de pessoas com deficiência” afirma.
A coordenadora ressalta que o cumprimento dos direitos vai desde a acessibilidade arquitetônica ao acesso a escola, materiais pedagógicos, recursos e equipamentos de tecnologia, discriminação, e preconceito. “Ser membro de uma associação de defesa dos direitos das pessoas com deficiências, é de suma importância, pois passam a ter certeza que a partir da inserção como membro, tem seus direitos defendidos”, garante

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