Transferência
se deu na terça-feira sob um forte esquema de segurança
Sete presos
de justiça que cumpriam pena na 3ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) e
principais suspeitos de participar da rebelião que deixou parcialmente
destruída as celas e circuito interno de vigilância daquela instituição foram
transferidos para os presídios de Itacoatiara e Manaus sob um forte esquema de
segurança.
Uma tropa de
choque da Polícia Militar de Manaus sob o comando do coronel Antônio Escócio
chegou a Parintins por volta de 7h de terça-feira, 30, e com apoio do 11º, sob
o comando de major Túlio Freitas, realizaram uma vistoria na Unidade Prisional
de Parintins (UPP). Acompanhados do Juiz Antônio Itamar Gonzaga encontraram
arma artesanal, celulares e outros objetos proibidos no interior do presídio.
Por volta de
10:30h, escoltados pela tropa de choque e tropa local da PM, os presos deixaram a UPP, entraram em um ônibus
e foram levados ao aeroporto da cidade, onde embarcaram em um avião e partiram
direto para Itacoatiara onde ficaram três e quatro levados para Manaus.
Centenas de pessoas e parentes dos presos acompanharam a operação em Parintins,
assim como muitos curiosos até o aeroporto da cidade.
Os
presidiários Vandson Vieira Cardoso 21, (o Vandinho) Joardson Castro Simões,
21, (o Sassá) e Romário Poncio Ribeiro, 25, ficaram em Itacoatiara. Enquanto
Kelerson de Oliveira Ribeiro, 23, (o Kelinho), Anderson José Lima Albuquerque,
24, (o Risca Faca), Josiel Silva de Souza, 22, (o Gico) e Gabriel Souza
Tavares, 23, (o Esquerdinha) foram conduzidos para Manaus.
Transferência se deu após acordo entre a justiça
Segundo o
Juiz Itamar Gonzaga, a decisão de transferência dos presos partiu de um acordo
dos Juízes das três varas de Justiça do município, a promotora Renata Sintrão,
assim como da direção da Secretaria de Justiça do Estado, que ao prever a não
possibilidade de custodiar a permanência, com segurança dos elementos
envolvidos da rebelião em Parintins, resolveu transferi-los.
“Sabemos que
um dos papeis da Justiça é manter os presos no local de sua residência, perto de
familiares para que possa ser mais humana o cumprimento das penas. Por isso, a
priori a transferência será apenas dos elementos considerados perigosos e que
participaram da rebelião. A partir de agora vamos verificar a situação, já que
a Delegacia está sem condições de receber detentos, a partir de um resultado
minucioso, em último caso existe a possibilidade de outros presos serem
transferidos para diminuir a lotação da UPP”, relata o Juiz.
Gonzaga diz
ainda que os presos transferidos terça-feira 30, são os principais envolvidos
na rebelião da 3ª DIP. “Outro fato que contribuiu é que vários deles possuem
rixas com outros internos, e no estado em que a Delegacia se encontra a única
alternativa foi realizar a transferência para que possa garantir a segurança
deles, das pessoas que trabalham no sistema penitenciário e de outros
internos”, finaliza o magistrado.
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