Criança de seis anos foi estuprada por um adolescente
Uma criança de
seis anos foi estuprada por um adolescente de 14, quinta-feira, 28, na
comunidade Brasília. De acordo com a avó
da vítima a menina contou que o adolescente a estuprou após ter levado para um
matagal próximo a casa onde moram, obrigou a tirar a roupa e consumou o ato.
“Quero que se
faça justiça, ele fez uma barbaridade com minha neta, e temo que o meu marido,
ou o pai dela façam justiça com as próprias mãos. Não queremos que esse
adolescente permaneça na comunidade”, relata a avó da criança. Ela agradece ao
Conselho Tutelar pela assistência dada a neta desde quando chegaram à cidade.
Vítima e o
acusado foram ouvidos pela delegada Ana Denise, titular da Delegacia de Combate
ao Crime Contra a Mulher Menor e Idosa (DCCMMI) na tarde de terça-feira, 04. No
depoimento a garota contou detalhes de como foi violentada e o garoto que vai
completar 15 anos no próximo mês confessou ter abusado dela.
Ameaças
A mãe do
acusado conta que o pai da criança foi a residência dela e falou que se a
justiça não punir o menino, fará justiça com as próprias mãos. “Sei o que estão sentido, é uma criança, mas
também sofro com essa situação. Para mim não é fácil saber que meu filho fez. Seja
qual for a sentença do juiz, aceitarei, porque se ele fez, tem que ser punido,
eu como mãe não vou passar a mão na cabeça dele”, reconhece.
A agricultora
mãe de oito filhos ressalta que teme pela segurança da família, pois desde
quando o fato aconteceu sofre ameaças e evita sair de casa. O acusado fez
tratamento no Centro de Atenção Psicossocial “Adolfo Lourido” (Caps II), por
seis meses, mas no primeiro semestre de 2011, o tratamento foi interrompido.
“Parou porque o médico disse que ele não tinha deficiência, mas não deu nenhum
exame, antes meu filho tomava remédio controlado”, revela a mãe.
Orientações
A conselheira
Nilciara Barbosa acompanha o caso e fala que no local a maioria dos moradores
têm parentescos uns com os outros, e por isso não se pode dizer que vai
acontecer conflitos. “Infelizmente é uma vítima, a justiça vai resolver o caso.
Estamos trabalhando para amenizar a situação, faremos uma palestra na
comunidade, conversar com os familiares, com certeza está havendo esse
confronto”, declara.
Sobre o
adolescente ter sido paciente do Caps, a conselheira relata que a situação está
sendo revista. “Ele fez acompanhamento no Caps, mas houve abandono de
tratamento”, ressalta.
A delegada
Ana Denise enfatiza que todos os procedimentos estão sendo feitos e o juiz vai
querer saber se o adolescente tem algum tipo de problema. “Sobre a questão das
ameaças, no momento ficaram revoltados, mas já estão conscientes que para isso
tem justiça”, frisa.
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