Carlos
Lopes revela que ainda não tinha feito nada parecido em obra de construção
O artista parintinense
Carlos Lopes, especialista em trabalho com isopor comandou a obra de cobertura
que une os dois prédios do complexo de 15 mil metros quadrados do Museu de Arte
do Rio (MAR). Ele foi escolhido pelos arquitetos e engenheiros da obra chamada
de cobertura fluida por ter a forma de uma onda e gerar uma impressão de
fluidez, com diferentes espessuras que chegam no máximo 15 centímetros.
O artista adquiriu
experiência e técnica que encantaram a equipe do MAR como um dos responsáveis
pela festa do Boi Garantido na Ilha, e pelo atual ofício de escultor de carros
alegóricos em escolas de samba do Rio. O Museu de Arte do Rio (MAR) o primeiro
marco cultural da revitalização da região portuária, foi entregue aos cariocas,
sexta-feira, 01, como um presente pelos 448 anos de fundação da cidade
maravilhosa.
Museu
Composto por dois
prédios, unidos por um mesmo objetivo, o MAR pretende lançar um olhar sobre o
Rio, sua essência, contradições e peculiaridades através de exposições e
cursos, de maneira que a arte e educação caminhem na mesma direção.
Equipe
De acordo com Carlos,
cerca de 18 pessoas (a maioria da família dele) contribuíram com a obra de
arquitetura cidadãos parintinenses, entre eles: Marcel Campos, Fábio Lopes,
Sílvio Pontes, Frank Bentes, Sebastião Lopes, Everaldo Bentes e Fredson Lopes.
Carlos e a esposa moram no Rio há seis anos.
Museu
O artista revela que
nunca tinha feito nada parecido, em obra de construção foi a primeira vez.
“Trabalho com o carnaval, principalmente com os carros alegóricos, ajudamos os
engenheiros a tirar a ideia do papel para transformá-la em realidade”, conta.
Segundo ele, a estrutura foi toda feita de isopor, com papel e cola e revestida
de fibra e resina. “O molde que fizemos funcionou como uma forma para a
concretagem.
Toda a estrutura de
isopor construída facilitou a ondulação da cobertura fluida”, relata. O
processo de montagem do molde foi dividido em 15 partes e o trabalho começou no
barracão. Depois, cada uma das partes foi subdividida em quatro para ser
transportada para a obra, e montada na estrutura, informa Lopes.
Após um ano e um mês de
trabalho o parintinense considera o projeto grandioso. “Um fator que elevou o
grau de dificuldade foi a diferença dos níveis da cobertura. É justamente essa
diferença de nível que passa a impressão das ondas do mar”, conta.
O artista revela que a
maior dificuldade em trabalhar em uma obra civil são as condições climáticas.
“Quando trabalhamos no barracão, não importa se chove ou faz sol. Na obra é
diferente, quando chove o trabalho para. A semelhança é a parte artística
mesmo. Assim como as esculturas que eu faço para o carnaval, a cobertura fluida
também foi obra de arte, um projeto diferente e audacioso”, declara.
Fotos da obra
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