A chuva que caiu sobre
Parintins desde as primeiras horas da manhã de domingo (24) parou por volta de 15h, e
alagou vários pontos. A dona de casa Gracila Marinho, 35, mãe de seis filhos,
moradora da rua Romualdo Corrêa, Itaúna II, as margens da Lagoa Azul, foi uma
das vítimas. Ela teve a casa tomada pelas águas, perdeu vários móveis e alega
que por várias vezes acionou a Defesa Civil, mas não foi atendida.
Segundo Gracila, toda
vez que a Lagoa Azul transborda as crianças correm o risco de morrerem afogadas
e atacadas por jacarés que vivem no local. “Na semana passada durante uma
enchente a água estava dando acima do joelho. Quando meu filho de 9 anos vinha
chegando em casa, quase foi atacado por um jacaré, que têm muitos nessa lagoa.
Se nada for feito, esses bichos podem até comer uma criança”, desabafa.
De acordo com a
moradora, o marido dela estava perto e viu o movimento do jacaré se aproximando
do menino. “Ele bateu na água e o bicho voltou pra lagoa, conta. Ela acrescenta
que ao acordar, por volta de 4 horas da manhã, as camas onde meus filhos dormem
estava quase no fundo, e se não tivesse acordado poderiam ter se afogado.
“Ligamos para a Defesa Civil, mas como sempre não apareceram. Toda vez dezenas
de casas dessa área alagam e sofremos muito. Infelizmente as autoridades não
fazem nada”, reclama Gracila.
A dona de casa lamenta
pelo guarda-roupa que ainda estava pagando e ficou destruído. “Já que gastaram
milhões de reais nessa obra que toda vez que chove alaga tudo, eu pergunto:
quem vai pagar nosso prejuízo? E se a obra foi mal feita por que a empresa foi
paga pelo serviço? Reclama.
Suamy Patrocínio,
coordenador municipal de Defesa Civil, afirma que agentes municipais,
acompanhados do tenente Wilson da Defesa Civil do estado, estiveram na Lagoa
Azul e constataram que a alagação foi pior que a anterior, mas não tomaram
conhecimento da situação de dona Gracila. Ele ressalta que durante a chuva uma
família na rua 2 do Pascal Allágio e outra na Silva Ramos no Centro foram
retiradas das casas que foram condenadas.
Patrocínio adianta que
já acionaram a Secretaria de Obras para realizar a desobstrução dos bueiros e a
limpeza da lagoa. “Esse serviço já foi feito, mas infelizmente algumas pessoas
jogam materiais que acabam entupindo os tubos. Segundo o secretário de obras, a
tubulação no local será substituída por outra maior, o que deve resolver o
problema de alagação no local. Quanto aos jacarés, vamos providenciar junto ao
Ibama a retirada deles da lagoa para que não coloquem em risco a vida das
pessoas”, garante.
Para
facilitar a comunicação, o 199 passa a funcionar a partir de hoje, de segunda a
sexta, e fora do horário de expediente o número disponibilizado é (092)
9344-2206 que funcionará 24 horas.
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