O italiano Piergiorgio Albertini, o “Padre Jorge”,
72, o primeiro bispo da Igreja Católica condenado pela justiça do Amazonas pelo
o crime de estupro de vulnerável contra três crianças, que frequentavam a casa
paroquial de Cristo Rei, no Município de Boba (a 215 quilômetros de Manaus) foi
sentenciado pelo juiz Eliézer Fernandes Júnior terça-feira, 26, a cumprir nove
anos de prisão em regime fechado. Ele ainda não foi encontrado para tomar
ciência da sentença.
De acordo com o juiz, ainda não é possível dizer se
ele está foragido ou não, já que o seu passaporte está em poder do juiz. Nos
últimos meses, ele alegou estar doente e chegou a se ausentar da cidade sem
autorização judicial. Desde que passou a ser investigado, em 2003, ele foi
afastado das funções que exercia na basílica de Santo Antônio, prelazia de
Borba.
* Informações: Joana Queiroz / Acritica.com
Investigações
As investigações
policiais sobre o caso começaram em 2003, quando os responsáveis por uma menina
de 9 anos souberam que ela estava sendo assediada pelo bispo na casa paroquial.
De acordo com a menina, o “Padre Jorge” acariciava suas partes íntimas em troca
de alimentos, guloseimas e dinheiro.
Ela contou que o padre tirava a roupa e se
esfregava no corpo dela até ejacular. O bispo teria rompido o hímen da garota
quando ela estava com 13 anos, conforme exame feito pelo médico Hector Rey
cerca de 7 dias após o estupro.
“Eu cheguei a ver ele [o bispo] a fazer isso com
outras meninas”, disse a garota ao jornal “A Crítica”. “Não quero mais falar
sobre isso.”
Outra vítima disse ter sido assediada no seu
aniversário de 12 anos, quando foi convidada pelo bispo para receber na casa
paroquial de presente um estojo com escova e pente (brinde de uma companhia
aérea) e chocolates. Após ter dado os presentes, o bispo colocou a garota em
seu colo e acariciou suas partes íntimas.
Em outra ocasião, essa menina e outras crianças
foram levadas pelo bispo para um balneário para que aprendessem a nadar. Ela
contou que, na piscina, o bispo a abraçava, esfregando seu pênis nela. A menina
disse ter se queixado do contato, e o bispo respondeu que tinha sido sem querer.
Na avaliação da polícia, com base no relato das
duas garotas, o bispo abusou de outras crianças, sempre de famílias pobres,
apesar de não ter havido denúncias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário