MPF proíbe o
trabalho infantil em Parintins e cobra da prefeitura alternativas para coibir a
prática
A Procuradora
Federal do Ministério Público, Alzira Melo Costa, proíbe o trabalho infantil em
Parintins e cobra da Prefeitura Municipal alternativas para coibir a prática
durante o 48º Festival Folclórico. Ela enfatiza
que o MP não vai tolerar a catação por crianças e adolescentes no município que
tem a obrigação de fornecer alternativa para não ocorrer trabalho infantil.
No anúncio feito no
Fórum de Justiça Raimundo Vidal Pessoa, quarta-feira (15), Alzira Costa,
explicou: “se o trabalho infantil continuar em Parintins, imediatamente o bolsa
família ou outro tipo de benefício será suspenso, pois um dos requisitos para
continuar é justamente ter a criança em uma situação de escolaridade regular e
não permitir que realize qualquer trabalho. Outra consequência em casos mais
graves, é a perda da guarda da criança e dependendo da negligência, a conduta
do responsável pode ser considerada criminosa”, ressalta.
Procuradora Federal do Ministério Público, Alzira Melo
A magistrada
aconselha aos pais ou responsáveis, que trabalham na catação de resíduos ou
outras atividades ambulantes, que respeitem as etapas infantis: “durante o
festival e fora dele, o lugar de criança e na escola, tendo as etapas de
desenvolvimento respeitadas. Trabalhar não é para criança. O trabalho dignifica
o homem, não a criança. Criança que trabalha só perde. Peço aos pais a cuidarem
dos filhos, façam com que consigam estudar, brincar crescer, trabalhar é outra
etapa”.
Projetos
Coordenadora do Peti, Francilene Souza
O Programa de
Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), parceria com o governo federal atende
crianças que trabalham, a fim de proporcionar-lhes acesso a outros meios de
ensino/aprendizagem. Em 2013, o Peti está presente nas agrovilas de Caburi e
Vila Amazônia. Para Mocambo o projeto está sendo planejado e em Parintins, o
trabalho é interno com planejamento e organizações das atividades, segundo a
coordenadora, Francilene Souza.
O programa social
Pelotão Mirim da Polícia Militar, atua em Parintins e Vila Amazônia, na
proteção básica de crianças e adolescentes de 7 a 17 anos. Em 2013, 438
crianças são atendidas, com reforço escolar, oficina de xadrez, prática
desportiva, ordem unida, além de proporcionar ambiente para que estejam fora do
risco de exploração.
Enquanto o Pelotão
Mirim tem muitos parceiros, a brigada dos Bombeiros Mirins desenvolve trabalho
social sem apoio, segundo o Tenente José Ricardo, comandante da 3ª Companhia
Independente de Bombeiros Militar. Mesmo assim, recebe meninos de 9 a 14 anos,
com intuito de passar valores, conhecimentos gerais e específicos das atividades
de Bombeiro, ordem unida, primeiros socorros, Ensino Religioso, boas maneiras e
educação no trânsito.
Carly Anny Barros
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