O núcleo de
apoio a portadores de hanseníase foi criado neste sábado (04), na Casa Padre
Vitório de Parintins, com objetivo de lutar pelos benefícios a que os
portadores têm direito. Fernando Moraes foi o idealizador do movimento em
Parintins, ao tomar conhecimento que os hansenianos desconhecem muitos dos
direitos que lhe são assegurados. São 26 portadores com necessidades
específicas.
“Essas
pessoas não estão recebendo a atenção necessária e nem tendo acesso aos seus
direitos, desde o ano passado. No fim de 2012, integrantes do núcleo estadual
do Movimento de Reintegração dos Hansenianos, Morhan, do Instituto Alfredo da
Mata de Manaus, estiveram na cidade e mobilizaram alguns membros da sociedade
parintinense para montar um núcleo e buscar maneiras de lutar pelos direitos
dos hansenianos e eu fui convidado a organizar, por fazer parte de movimento
social. Dentro desse núcleo, estão várias pessoas de vários movimentos sociais.
Além disso, fizemos questão de integrar os próprios portadores de hanseníase,
porque eles conhecem as dificuldades e as necessidades dos outros”, explica.
Segundo
Fernando, consta no relatório de visita do Morhan estadual que, em Parintins,
os hansenianos não recebem o atendimento humanizado, obrigatório no Sistema
Único de Saúde, SUS, e ainda enfrentam preconceitos da sociedade.
“Além de
atenção especializada, com um assistente social, fisioterapia, sala de curativo
especializado é necessário à inclusão, pois os portadores ainda enfrentam o
preconceito. Nós do núcleo parintinense do Morhan vamos cobra os direitos de
todas as naturezas para os portadores de hanseníase”, conclui.
Benefício
A
conselheira Silvia Oliveira de Souza, técnica de enfermagem da Casa Padre
Vitório, afirma que há a distribuição de remédio, contudo os pacientes
enfrentam dificuldades para receber auxilio do INSS.
“Os
remédios é distribuído e não falta, mas os hansenianos têm outras necessidades.
Muitos pacientes não contribuem com o INSS porque não tem condições
financeiras. A maioria é da zona rural e precisa de auxilio doença, mas não
sabem como requerer esse direito. Eles precisam do apoio de um Assistente
Social para brigar por seus direitos, pois como saem da comunidade tem gastos”,
explica.
O núcleo do
Mohan será apresentado oficialmente ao município no dia 25 de maio formado por:
Fátima Guedes como coordenadora; Ana Deise Farias de Alcântara, suplente.
Fernando de Souza Moraes, é o secretário, Juliete Batalha de Souza é tesoureira
e Sebastião Bezerra, Maria Rosa de oliveira e Silva Oliveira são os
conselheiros.
Carly Anny Barros
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