segunda-feira, 27 de maio de 2013

Trecho da rua Paraíba em baixo d’água

       Transeuntes se arriscam diariamente em parte da rua Paraíba tomada pelas águas

A rua Paraíba, nas imediações da Ponte do Gabião, está coberta pelas águas do Lago Macurany. Segundo os moradores do local, a água subiu rapidamente e só não invadiu as residências porque aumentaram os níveis de pisos e assoalhos acima do nível da enchente de 2009.
Um morador que não quis se identificar, e que será nomeado ficticialmente como José, conta suas preocupações. “O mais difícil é quando os carros passam em alta velocidade, pois ainda não inundou a casa, mas quando passam jogam água para dentro. Quando chove muito, agente fica esperando para ver se vamos para o fundo, por isso ficamos atentos à nossas coisas pra não se perder. As crianças que precisam ir à aula tiram as sandálias, os sapatos e vão calçar só onde está em terra”, expõe.

Perigos

              Foto: Denilson Noronha

Um fato que chamou a atenção, durante a reportagem, foi de crianças que transformavam as águas em “piscina” natural, sem a preocupação com afogamentos e outros perigos eminentes. Segundo seu José, na região da rua, há muçuns, pirarucus-boia, pequenos jacarés e cobras.
A enfermeira Camila adverte sobre as doenças que podem ser contraídas nessas águas. “Toxoplasmoses, diarreias, micoses, verminoses diversas e outras doenças de veiculação hídrica são adquiridas pelas crianças que brincam nas águas, por causa do lixo, das fossas transbordadas que as contaminam. Aconselhamos as mães a orientarem as crianças maiores sobre esses perigos e manter as menores longe das águas da enchente”.

                  Estudos


O Coordenador da Defesa Civil, Suammy Patrocínio, informa que a prefeitura está fazendo estudos para saber se pode ser feito ripe-rap ou as pontes, como possibilidade para não interditar a Paraíba. “A via dá acesso a vários bairros e facilita a locomoção até os hospitais Padre Colombo e Jofre Cohen. Sabemos da importância de não interditá-la, porém, se deixarmos veículos de grande porte transitar por ela, pode levar mais água para dentro das casas. Outra preocupação é quanto a segurança da população, por isso estamos estudando as possibilidades”, explica.

Ainda segundo Patrocínio, a cheia de 2013 ainda não tomou as proporções da maior cheia, no entanto as águas sobem com mais rapidez e isso dificulta a assistência imediata de todos os moradores das áreas alagadas. “A enchente está mais veloz que os outros anos, não chegou a marca de 2009, mas sobe mais rápido. Pedimos compreensão, pois acontece de construirmos 200 metros de pontes em certas áreas e, na volta, já precisa fazer mais 100 na mesma rua. Falta madeira legalizada para as construções, mas cremos que em cinco dias deve voltar a normalidade e construiremos pontes nos lugares que ainda faltam”, afirma.

Carly Anny Barros

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