quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Balsa passa por cima de canoa no rio Amazonas e mata três pessoas

    Momentos antes da balsa passar por cima da canoa onde a família se encontrava

A senhora Socorro Tavares Monteiro, 34, e os dois filhos, um de 8 e outro de 3 anos, desapareceram nas águas do rio Amazonas na tarde de segunda-feira (29). Um comboio de balsas do grupo Chibatão passou por cima da canoa onde ela e as crianças estavam. O acidente aconteceu nas margens do rio Amazonas enfrente a comunidade Jurupari, município de Urucurituba.
Em contato por telefone com a Redação do Gazeta Parintins, o professor Raimundo Lúcio dos Anjos, amigo da família das vítimas, disse que o fato aconteceu por volta das 16h, quando o rabeta conduzido por Socorro, seguia para recolher objetos jogados nas águas por passageiros de um navio que seguia a frente da balsa. O comboio seguia sentido Belém/Manaus.
Lúcio dos Anjos revela que nesse trecho é comum encontrar ribeirinhos de todas as idades, em cascos, canoas e até em boias improvisadas, que se arriscam chegando próximo das embarcações que passam para pedir alimentos. Muitos passageiros jogam os materiais na água, e entre eles existe a disputa, quem for mais rápido recolhe os produtos.
“Quando o motor do rabeta parou, por várias vezes, ela ainda tentou ligar, quando ela viu que não conseguia fazer a máquina funcionar, foi para o meio da canoa e se agarrou aos filhos, nesse momento eles foram atingidos pela balsa. Socorro tinha 4 filhos”, afirma o professor.

Relato

O empresário Ronaldo Pessoa que viajava no navio Parintins relatou o momento de desespero quando viu a canoa ser tragada pela balsa. “O barco Parintins passou pela balsa e a mulher se aproximou, quando tentou retornar para a margem do rio foi atingida pela balsa que vinha atrás. Havia outras pequenas embarcações, mas a que ela estava não conseguiu passar antes a balsa se aproximou”.
Urucurituba fica a 212 quilômetros de Manaus, e segundo jornais da Capital do Estado, logo após o trágico acidente, os tripulantes da balsa desligaram os motores e começaram a fazer buscas no fundo do rio. O agente da Capitania dos Portos de Itacoatiara afirmou que será instaurado inquérito para investigar a colisão.
O capitão da Marinha informou ainda que o comboio de balsa pertence ao grupo Chibatão. As balsas e o empurrador continuam no local onde aconteceu o sinistro com a mãe e os filhos. O inquérito vai apurar  as causas do acidente e deve ser concluído em 90 dias.

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