Organizadores
só pretendem parar o manifesto mediante conscientização das autoridades para resolver o problema
O ato público Parintins sem Fantasia,
organizado por professores e estudantes da Universidade Federal do Amazonas
(Ufam) e representantes de bairros, percorreu ruas da cidade. Ao chegar em frente aos escombros da Casa da
Cultura, derrubou outdoors e ocupou o espaço na tentativa de chamar atenção das
autoridades para que a obra seja concluída.
Segundo estimativa da Polícia
Militar, em torno de cinquenta pessoas participaram do evento que aconteceu na
noite de quinta-feira (22). Ao entrarem no local, os manifestantes acenderam
velas, gritavam palavras de ordem como abaixo a corrupção e exigiam dos
governantes uma atitude para que a obra seja concluída.
Manifesto
Com maquita e motosserra os
manifestantes derrubaram os outdoors que ficavam no entorno do prédio
abandonado. “Os outdoors serviam de cortinas para esconder a cara da verdade e
da vergonha. Estamos defendendo nossos direitos. No início da década de 90, no
mandato do ex-prefeito Raimundo Reis, veio quase meio milhão de reais para que
a obra fosse concluída e não foi. Cobramos uma intervenção imediata do poder
público para terminar a obra pois aqui há
nosso dinheiro que foi roubado”, reclama o professor Alexandro Medeiros.
Objetivo
A professora Milena Barroso, revela
que estão limpando e pintando alguns cômodos do prédio. Em assembleia,
professores e estudantes da Ufam e organizadores do evento, que ganharam apoio
de artistas plásticos, só pretendem deixar o local quando houver
conscientização das autoridades para resolver o problema. “A ideia é que os
discursos feitos em sala de aula, do curso de Assistência Social sejam realizados
no prédio. Acreditamos que o local deveria ser de cultura, arte, lazer,
educação e de transformação social. Vamos torná-lo um local para discussões,
trocas de informações e com realização de aulas públicas de vários outros
cursos. Montaremos um cronograma para não deixar mais o local abandonado”,
garantiu.
Ataíde Tenório
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