segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Pacientes reclamam da falta de médico na policlínica Tia Léo

       Problema vem acontecendo desde  29 de julho e deixa moradores sem atendimento médico

“Chegamos antes de três e meia da manhã para conseguir ficha com pediatra. Para clínico disseram que só teria um médico, muita gente não conseguiu”, com esta afirmação, Maria Luiza Souza, 32, define a dificuldade de conseguir consulta médica na policlínica Tia Leó.
A falta de médicos na unidade de saúde ocorre desde 29 de julho e deixa os moradores dos bairros Itaúna I e II, Paulo Corrêa, Pascoal Alágio e Jacareacanga sem a atenção básica de saúde. Adriana Alves (48) voltou nos dias 29 e 30 de julho, para conseguir uma consulta. “Chegamos 4 horas da madrugada e esperamos até seis e meia na frente do posto quando uma funcionária abriu o portão e disse que o vigia tinha se acidentado. Na distribuição de ficha, disseram que só ia ter médico à tarde e não teria consulta com pediatra. Para dentista distribuíram seis fichas, quem chegou depois não conseguiu”, conta.
Uma funcionária pública municipal de 28 anos, que preferiu não se identificar temendo represália, reclama. “Voltei com febre para casa, precisava ir ao posto, por causa do atestado para justificar a falta no trabalho. Como não tem médico de manhã e poucas fichas para tarde, voltei no dia seguinte (2 de agosto)”, lamenta.

              Perda

O diretor em exercício da policlínica, enfermeiro Evan de Almeida, explica que dois médicos pediram para ir embora de Parintins. “No inicio da semana, a doutora Daniele Bezerra e outro doutor pediram para ir embora, com isso há desfalque no atendimento médico no município. As consultas agendadas com a doutora Daniele não foram cumpridas, houve necessidade de remanejar médicos, pois Jofre Cohen e Padre Colombo perdem profissionais. Isso repercute nos postos onde diminuem atendimento e com a mudança de temperatura, há muitos casos de virose e a população recorre aos médicos”, conta.
O enfermeiro lembra a dificuldade de conseguir médico com perfil para atender o interior do Amazonas. “Não é fácil conseguir médicos para trabalhar no interior. Tivemos uma reunião com a secretária de saúde, que está em busca de médicos e já tem alguns nomes, mas a contratação depende das exigências que fazem, pois nem todos têm perfil para atender o interior. A maior briga do governo federal é conseguir profissionais que se sensibilizem com a situação dos pacientes do interior e aceitem vir para os municípios mais distantes das capitais e nós estamos aguardando”, conta.

Por Carly Anny Barros
Foto: Geandro Soares

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