Enquanto isso, roubos, furtos e
brigas são constantes nas duas agrovila
“A agrovila do Caburi sofre com a
falta de segurança”. Moradores relatam que há cinco meses não tem policial na
localidade, com isso, viciados em drogas e pessoas alcoolizadas fazem baderna
nos fins de semana. Nos últimos 15 dias, dois jovens foram esfaqueados e na
tentativa de evitar que outros sigam o mesmo caminho, há promoções de
campeonatos e torneios esportivos no local. O presidente da Associação de
Moradores e Agricultores Familiares do Caburi (AMAFC), Francisco Valeriano
Nunes, cobra a promessa feita pelo Coronel da PM do Amazonas e pelo Comandante
da PM de Parintins, de que no início de agosto dois policiais atuariam
efetivamente no Caburi.
Promessa
Questionamento
Roubos, furtos, arrombamento de
casas, amedrontam a população e como se não bastasse, acidentes graves de
trânsito são ocasionados por menores, além do mais, crianças dirigem motocicletas.
“A violência no Caburi e nas outras agrovilas cresceu consideravelmente. Será
que o governador não enxerga a situação que passa o interior?” questiona um
morador.
O vice-presidente da AMAFC, João
Martins Pereira, (54), lamenta que nos fins de semana aconteçam brigas entre
gangues, conflitos que poderiam ser evitados se houvesse policiamento. “Esses
indivíduos se sentem impunes. O povo está sendo prejudicado. As pessoas estão
com medo de deixar as suas casas. Fazemos um apelo às autoridades que nos ajudem
a resolver esse problema o mais rápido possível, caso contrário, sofreremos
mais consequências na agrovila. A situação está piorando”, expõe J. Martins.
Vila
Amazônia
Vila Amazônia está
abandonada pelo poder público sem um policiamento ostensivo, diz morador
“A Vila Amazônia não é mais uma
comunidade, hoje mais de mil famílias moram lá, e nos finais de semana a
população no local dobra, infelizmente, dois policiais não contém as ações dos
bandidos que ditam as regras de quem pode ou não andar nas ruas e estradas. A
noite, os desocupados ficam nas esquinas e dominam a área e nos sentimos
coagidos em não poder sair de casa seguros e sem poder participar dos eventos
promovidos na localidade”.
Esse é o relato de um morador da Vila
Amazônia que pediu para não ter o nome revelado por causa de represália de
possíveis desordeiros que estariam dominando e ditando regras na Vila Amazônia.
Ele afirma que está preocupado com o crescente índice de violência que vem
ocorrendo na agrovila que hoje estaria com 80% das ruas no escuro. “Estamos
abandonados pelo poder público e sem um policiamento ostensivo. As famílias
ficam a mercê dos bandidos. Por falta de segurança, os moradores já começam a
falar em fazer justiça com as próprias mãos”, comenta.
Insatisfação
O morador demonstra insatisfação
porque os desocupados não são presos, já que de acordo com ele, são velhos
conhecidos da Polícia. “São quatro irmãos que antes metiam terror na Vila, já
haviam parado de aprontar, mas pela falta de policiamento voltaram a agir,
espancando e esfaqueando pessoas, inclusive pessoas de bem. No sábado, eles
espancaram um senhor de nome Ivan e o filho dele que vinham de moto na estrada.
Empurraram os dois em um abismo e como sobreviveram a queda, foram espancados e
tiveram a moto destruída. Se as pessoas não tivessem interferido, pai e filho
estariam mortos”, conta o morador.
Medo
O medo toma conta dos moradores já
que segundo o informante os elementos dizem que não respeitam nem a Polícia.
Domingo (11) por volta de 16h no meio de centenas de pessoas, após um deles
receber voz de prisão, os outros ameaçaram espancar o policial se não liberasse
o preso. “Partiram pra cima do PM que para se defender efetuou três disparos de
arma de fogo. Se ele não tivesse atirado, teria apanhado com a arma na mão. Os
tiros provocaram pânico na multidão que gritava e corria pra todo lado”.
O morador afirmou que a situação está
prejudicando o escoamento da produção dos assentados, pois os mesmos estão com
medo de transitar na estrada e encontrar com os irmãos violentos. “Quando eles
estão sob efeito de entorpecentes não respeitam ninguém. Pelos últimos
acontecimentos a coisa piorou ainda mais. Pedimos ao Ministério Público, a
Justiça, ao Governador do Estado, a Polícia Civil e Militar que nos socorram
antes que o pior aconteça”, finaliza.
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