Dependendo do
resultado nas amostras, os envolvidos podem ser indiciados
Após a morte da jovem Karina Fonseca
da Silva, 17, no dia 26 de agosto, supostamente intoxicada por consumir tucumãs contaminados por Carbureto, a Polícia Civil começa a
ouvir vendedores e coletores da fruta. Em seguida, os membros das três famílias
que também teriam sofrido intoxicação pelo consumo do produto serão ouvidos.
No fim da manhã de sexta-feira, (30),
a reportagem do Gazeta Parintins conseguiu falar com um agricultor, morador da
agrovila do Caburi, apontado como um dos fornecedores de tucumãs ao dono da
banca na Feira ZezitoAssayag, onde a família de Karine teria feito a compra.
Tucumãs foram recolhidos
das feiras da cidade
O agricultor confirma que vendeu
tucumã a um feirante, mas garantiu que o produto não recebeu qualquer produto
químico. “Foi a primeira vez que coletei tucumãs para vender. A polícia queria
saber quem trouxe frutas para vender. Eu fui no mato apanhei, ensaquei tucumãs
e trouxe para a cidade e vendi para um cidadão, mas não tenho conhecimento
desse negócio de Carbureto”.
Delegado
O delegado Ivo Cunha, titular da 3ª
Delegacia Interativa de Polícia (3ª Dip), informa que só vai falar sobre o caso
após o resultado do exame toxicológico que será feito no Laboratório Central de
Análises Clínicas (Lacen) em Manaus, nas mostras dos frutos que foram coletados
na banca de um cidadão já identificado pela Polícia.
Cunha adianta que após
ouvir os vendedores e coletores de tucumãs, vai ouvir 16 pessoas de 3 famílias
que também consumiram o fruto, passaram mal e foram atendidas nos hospitais de Parintins.
Ele garantiu que dependendo do resultado do exame, se comprovado a intoxicação
causada pelo uso indevido do Carbureto para o amadurecimento das frutas, os
envolvidos podem ser indiciados por lesão corporal, leve ou grave, e por
homicídio culposo (pela morte de Karina Fonseca).
Ataíde Tenório
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