terça-feira, 3 de setembro de 2013

Contaminação no tucumã: Polícia começa ouvir supostos envolvidos


    Dependendo do resultado nas amostras, os envolvidos podem ser indiciados

Após a morte da jovem Karina Fonseca da Silva, 17, no dia 26 de agosto, supostamente intoxicada por consumir tucumãs contaminados por Carbureto, a Polícia Civil começa a ouvir vendedores e coletores da fruta. Em seguida, os membros das três famílias que também teriam sofrido intoxicação pelo consumo do produto serão ouvidos.
No fim da manhã de sexta-feira, (30), a reportagem do Gazeta Parintins conseguiu falar com um agricultor, morador da agrovila do Caburi, apontado como um dos fornecedores de tucumãs ao dono da banca na Feira ZezitoAssayag, onde a família de Karine teria  feito a compra.

   Tucumãs foram recolhidos das feiras da cidade

O agricultor confirma que vendeu tucumã a um feirante, mas garantiu que o produto não recebeu qualquer produto químico. “Foi a primeira vez que coletei tucumãs para vender. A polícia queria saber quem trouxe frutas para vender. Eu fui no mato apanhei, ensaquei tucumãs e trouxe para a cidade e vendi para um cidadão, mas não tenho conhecimento desse negócio de Carbureto”.

Delegado

O delegado Ivo Cunha, titular da 3ª Delegacia Interativa de Polícia (3ª Dip), informa que só vai falar sobre o caso após o resultado do exame toxicológico que será feito no Laboratório Central de Análises Clínicas (Lacen) em Manaus, nas mostras dos frutos que foram coletados na banca de um cidadão já identificado pela Polícia.
Cunha adianta que após ouvir os vendedores e coletores de tucumãs, vai ouvir 16 pessoas de 3 famílias que também consumiram o fruto, passaram mal e foram atendidas nos hospitais de Parintins. Ele garantiu que dependendo do resultado do exame, se comprovado a intoxicação causada pelo uso indevido do Carbureto para o amadurecimento das frutas, os envolvidos podem ser indiciados por lesão corporal, leve ou grave, e por homicídio culposo (pela morte de Karina Fonseca).

  Ataíde Tenório 

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