terça-feira, 10 de setembro de 2013

Juventude desfila em Protesto na Parada Cívica


 Estudantes, professores e movimentos sociais percorreram a rua Paraíba com cartazes reivindicando melhorias

 Depois do desfile de civis e militares, na Parada Cívica de 7 de Setembro, data que relembra a Independência do Brasil, estudantes, professores e participantes de movimentos sociais percorreram a Avenida Paraíba com cartazes reivindicando melhorias para Parintins.
Gritando palavras de ordem, cantando “Que país é esse” (de Renato Russo), os manifestantes trouxerem cartazes que exigiam saúde, educação, dignidade, ética e mais comprometimento dos políticos com o bem estar do Município e do Estado.
Demonstrando organização e inteligência, o manifesto apresentou o voto de cabresto, de modo descontraído, por meio de uma dramatização de um jovem de paletó que andava na frente puxando pessoas acorrentadas pelas mãos.  A ação foi aplaudida de pé pelo povo das arquibancadas e por aqueles que já estavam nas laterais da avenida e esperaram para assistir a passagem dos manifestantes.

Contratempos

Os manifestantes enfrentaram certa resistência, logo que chegaram a Praça dos Bois. O jovem Clenerson que estavam posicionados na arquibancada do desfile, ao tentar abrir um cartaz com palavras de protesto, foi intimidado por um PM da reserva que subiu e arrancou o cartaz da mão do manifestante.
“Nós não estamos aqui para tirar ou colocar ninguém no poder. Queremos apenas que nossos direitos de cidadão sejam respeitados. Eu queria mostrar minhas reivindicações, mas um senhor que era soldado da PM e já está aposentado, foi lá em cima, na arquibancada e arrancou da minha mão meu cartaz e me mandou descer”, conta o jovem.
O fotógrafo e professor de fotografia, Paulo Sicsú, que estava registrando a parada cívica, também foi intimidado por um empresário que trabalhava na realização do evento, após ter fotografado a ação da pessoa que seria um soldado da reserva contra o manifestante na arquibancada. 
Os outros manifestantes que se concentravam na Rua Maués, encontraram um cordão de isolamento feito por guardas municipais e grades de proteção de ferro, na tentativa de impedir a manifestação. Após a intervenção da Polícia Militar, explicando que a manifestação pacífica é direito do cidadão, houve a possibilidade das pessoas se posicionarem na Avenida Paraíba para iniciar o manifesto.

            O movimento


Segundo organizadores cerca de setessentas pessoas participaram do manifesto 

O Movimento Acorda Parintins 3, organizado por adolescentes, jovens e acadêmicos da UEA, O Manifesto Acorda Parintins III, se desencadeou por causa de manifestos em todo Brasil pedindo saúde, educação e dignidade para os brasileiros, no dia 7 de Setembro, e Parintins apoiou e aderiu.
Ivone Eleutério, acadêmica de enfermagem, do Cesp UEA, explica que o Movimento Acorda Parintins 3 já possui credibilidade e é bem visto pela população, além de ser um movimento apartidário. “Em nenhum momento o movimento tentou denegrir a imagem do prefeito, não é uma questão pessoal, e sim de insatisfação com a situação da cidade, um verdadeiro caos”.
“Vimos que os jovens queriam participar e alguns pais tentaram impedir, mais eles não se intimidaram e buscaram os cartazes e as faixas. E ficamos muito satisfeitos com a participação dos Emos, pois, apesar de muitas pessoas demostrarem preconceito e medo pelo jeito como eles se vestem, eles estavam lá desde as 15hs e mostraram a cara da juventude, junto com os outros estudantes, com faixas e cartazes, gritando numa só voz “Que país é esse?”, por que queremos melhoria para o nosso país e para Parintins”, explica Ivone.

Fotos: Ataíde Tenório

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