Grupo reúne dezenas de praticantes todos os sábados na Praça dos
Bois (foto: Geandro Soares)
A capoeira
é uma expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura
popular e música. O movimento cresce em Parintins, ganha adeptos, vence
preconceitos, revela talentos, mas precisa de apoio. O mestre DeilsonJacaúna,
conhecido como Paquita, trabalha com a modalidade há 15 anos, onde comanda o
grupo Amantes da Liberdade que reúne dezenas de praticantes todo sábado na
Praça dos Bois.
Em
entrevista ao Gazeta Parintins, o mestre falou sobre a realidade da capoeira na
Ilha. “Temos fruto de um trabalho de muitos anos. Na capoeira há fundamentos,
regras que ensina disciplina através da educação e do companheirismo, para ser
um profissional a altura é preciso esse direcionamento. Hoje temos capoeiristas
parintinenses na Alemanha, Japão, Bélgica, isso nos deixa honrado”.
Um deles, é
o parintinense Inácio Macêdo Neto, 26, que começou dia 26 de setembro a ensinar
as técnicas aos jovens e adultos de Bruxelas, capital da Bélgica. A princípio,
o intercâmbio vai durar três meses, mas pode se estender por quatro anos. O
projeto tem apoio do mestre Niltinho Alves do Grupo Porto de Minas com
atividades voltadas sócio cultural dos brasileiros na Bélgica.
Valorização
Questionado
se o esporte é valorizado em Parintins, Paquita declara. “É difícil falar com
relação a isso. Temos mais apoio de fora do que local. Por falta de
conhecimento das pessoas, ainda há muita discriminação com relação a capoeira.
Enquanto falta conhecimento, as pessoas denigrem, mas acreditamos que há uma outra
visão em Parintins”.
Para
Deilson, ver jovens se destacando, vencendo na vida é que o impulsiona a seguir
adiante na capoeira. “Não vivo de capoeira, trabalho como vigilante, sou
artista plástico, técnico em segurança do trabalho e vivo do meu suor, mas amo
a capoeira, me deixa feliz ver a criançada, os jovens se divertindo, criando um
laço de amizade e união”, ressalta.
Geandro Soares
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