Membros da Associação procuraram a diretoria
da entidade para saber por que a distribuição não está acontecendo
Na tarde de
sábado (26), membros da Associação de Moradores do Bairro São José Operário
(Amajosé), procurou a diretoria da entidade para saber por que a distribuição
de alimentos não está acontecendo no bairro. Segundo eles, outras associações
que também têm parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
continuam recebendo os produtos. O presidente da Amajosé, acusa a diretoria da
Associação dos pescadores Artesanais de Parintins (Aspapin) de não ter
agilizado os documentos que deveriam ser mandados para a Conab, o que estaria
ocasionando o problema.
A dona de
casa Jéssica Barros, 20, revela que existem muitas famílias no bairro que
precisam, mas não estão sendo beneficiadas com os produtos doados pela Conab.
“Sabemos que outras associações estão recebendo peixes, frutas e outros
alimentos. Queremos saber do presidente no nosso bairro por que não estamos
sendo contemplados com o benefício. Aqui existem centenas de famílias carentes
que não têm condições de comprar alimentos e necessitam dessa ajuda, por isso
estamos fazendo a cobrança”.
Esclarecimentos
A
reportagem do Jornal Gazeta Parintins procurou o cidadão Messias Oliveira (o
Papagaio), presidente da Amajosé, que confirmou a parceria com a Conab, mas
disse que a compra dos produtos são feitas pela Aspapin, que gerencia o
dinheiro disponibilizado pelo Governo Federal. Ele afirma que a Aspapin não
agilizou os documentos enviados pela Amajosé, e por isso, os alimentos não
estão chegando ao bairro.
Messias
explica que outras associações continuam recebendo os produtos e porque estão
cadastradas na Colônia Z-17. “Infelizmente estamos cadastrados na Aspapin, onde
o presidente é o senhor Gelson Moraes. Entregamos a ele toda documentação
exigida para que a parceria continuasse, mas infelizmente a documentação que
deveria estar na direção da Conab na Capital do Estado não foi agilizada, e por
isso não está havendo a distribuição dos produtos”.
Segundo
Oliveira, os sócios têm razão de reclamar porque a safra do pescado está
chegando ao fim e eles não foram beneficiados. “Já procurei várias vezes o
Gelson Moraes e ele afirmou que era por falta de documentos, mas nossa
documentação está em dia, trocamos o nome da entidade, e enviamos a eles.
Entrei em contato com o senhor Luiz Carlos, técnico da Conab e ele informou que
faltam dois documentos da Aspapin para que a verba seja liberada para compra de
peixe. Ele afirmou que já espera os documentos há mais de um mês. O fato é que
há desinteresse da Aspapin. Penso em buscar parceria com a Colônia Z-17 para
que o povo do bairro não continue no prejuízo”.
Crise
Messias Oliveira (o Papagaio), presidente da Amajosé
Para o
presidente da Amajosé, as demissões de funcionários públicos municipais, a
falta de projetos que visem captar recursos para a geração de emprego e renda,
e a falta de circulação de dinheiro na cidade está gerando uma crise na cidade
e a procura pelos alimentos que eram doados na associação aumentou. “Acredito
que sem conseguir chegar ao poder executivo, as pessoas começam a cobrar da
gente como presidente de bairro, ações que pelo menos amenize o impacto da
falta de dinheiro que começa a incomodá-las. Os gestores de entidades que
contam com programas como esse do Governo Federal, que através da Conab realiza
o combate a extrema pobreza nos municípios, precisam ser ágeis para que as
coisas funcionem da melhor maneira possível. Não podemos mais negar que
Parintins caminha para uma crise financeira que há muito não víamos. Já que o
município não age, os gestores de entidades precisam olhar isso com mais seriedade.
Pois para muitas pessoas, esses produtos são tudo que eles conseguem para
alimentar os filhos”, lembra Oliveira.
Na tarde de sábado e manhã de domingo, a
reportagem tentou contato com Gelson Moraes pelo celular ****-7316, mas as
ligações eram desviadas para a caixa de mensagem, já domingo a tarde as
ligações não foram atendidas, mesmo assim, o jornal está a
disposição para qualquer esclarecimento. Ataíde Tenório
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