segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sócios da Amajosé cobram agilidade para continuar a distribuição de alimentos no bairro

      Membros da Associação procuraram a diretoria da entidade para saber por que a distribuição não está acontecendo

Na tarde de sábado (26), membros da Associação de Moradores do Bairro São José Operário (Amajosé), procurou a diretoria da entidade para saber por que a distribuição de alimentos não está acontecendo no bairro. Segundo eles, outras associações que também têm parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) continuam recebendo os produtos. O presidente da Amajosé, acusa a diretoria da Associação dos pescadores Artesanais de Parintins (Aspapin) de não ter agilizado os documentos que deveriam ser mandados para a Conab, o que estaria ocasionando o problema.
A dona de casa Jéssica Barros, 20, revela que existem muitas famílias no bairro que precisam, mas não estão sendo beneficiadas com os produtos doados pela Conab. “Sabemos que outras associações estão recebendo peixes, frutas e outros alimentos. Queremos saber do presidente no nosso bairro por que não estamos sendo contemplados com o benefício. Aqui existem centenas de famílias carentes que não têm condições de comprar alimentos e necessitam dessa ajuda, por isso estamos fazendo a cobrança”.

Esclarecimentos

A reportagem do Jornal Gazeta Parintins procurou o cidadão Messias Oliveira (o Papagaio), presidente da Amajosé, que confirmou a parceria com a Conab, mas disse que a compra dos produtos são feitas pela Aspapin, que gerencia o dinheiro disponibilizado pelo Governo Federal. Ele afirma que a Aspapin não agilizou os documentos enviados pela Amajosé, e por isso, os alimentos não estão chegando ao bairro.
Messias explica que outras associações continuam recebendo os produtos e porque estão cadastradas na Colônia Z-17. “Infelizmente estamos cadastrados na Aspapin, onde o presidente é o senhor Gelson Moraes. Entregamos a ele toda documentação exigida para que a parceria continuasse, mas infelizmente a documentação que deveria estar na direção da Conab na Capital do Estado não foi agilizada, e por isso não está havendo a distribuição dos produtos”.
Segundo Oliveira, os sócios têm razão de reclamar porque a safra do pescado está chegando ao fim e eles não foram beneficiados. “Já procurei várias vezes o Gelson Moraes e ele afirmou que era por falta de documentos, mas nossa documentação está em dia, trocamos o nome da entidade, e enviamos a eles. Entrei em contato com o senhor Luiz Carlos, técnico da Conab e ele informou que faltam dois documentos da Aspapin para que a verba seja liberada para compra de peixe. Ele afirmou que já espera os documentos há mais de um mês. O fato é que há desinteresse da Aspapin. Penso em buscar parceria com a Colônia Z-17 para que o povo do bairro não continue no prejuízo”.

             Crise

             Messias Oliveira (o Papagaio), presidente da Amajosé

Para o presidente da Amajosé, as demissões de funcionários públicos municipais, a falta de projetos que visem captar recursos para a geração de emprego e renda, e a falta de circulação de dinheiro na cidade está gerando uma crise na cidade e a procura pelos alimentos que eram doados na associação aumentou. “Acredito que sem conseguir chegar ao poder executivo, as pessoas começam a cobrar da gente como presidente de bairro, ações que pelo menos amenize o impacto da falta de dinheiro que começa a incomodá-las. Os gestores de entidades que contam com programas como esse do Governo Federal, que através da Conab realiza o combate a extrema pobreza nos municípios, precisam ser ágeis para que as coisas funcionem da melhor maneira possível. Não podemos mais negar que Parintins caminha para uma crise financeira que há muito não víamos. Já que o município não age, os gestores de entidades precisam olhar isso com mais seriedade. Pois para muitas pessoas, esses produtos são tudo que eles conseguem para alimentar os filhos”, lembra Oliveira.
Na tarde de sábado e manhã de domingo, a reportagem tentou contato com Gelson Moraes pelo celular ****-7316, mas as ligações eram desviadas para a caixa de mensagem, já domingo a tarde as ligações não foram atendidas, mesmo assim, o jornal está a disposição para qualquer esclarecimento. 

Ataíde Tenório

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