Raimundo Rocha afirma que
líderes comunitários vão buscar apoio junto a deputados e senadores
Lideranças
comunitárias da gleba Vila Amazônia que estão unidas na luta contra a
implantação da lixeira naquela região, vão buscar apoio junto a deputados e
senadores do Estado para que abracem a causa e os ajudem no projeto de
emancipação da agrovila para município. A informação é de Raimundo Rocha
Carvalho, 48, morador da comunidade Perpétuo Socorro do Laguinho.
Rocha diz
que na Vila Amazônia moram guerreiros que amam o lugar, e mesmo no sacrifício
insistem em viver nas quase 60 comunidades do assentamento. Ele afirma que por
falta de água potável muitas pessoas matam a sede com água de igarapés, riachos
e cacimbas. “Existem comunidades sem escolas e postos de saúde, e nas que tem,
funcionam de forma precária. O fornecimento de energia elétrica é péssimo, as
estradas, o transporte da produção, transporte escolar, não existe telefonia e
nem ambulância. E ainda querem jogar lixo em nossos quintais, não vamos
aceitar”, declara.
Apoio
Segundo o
interiorano, o povo está unido e vai buscar ajuda junto aos deputados
estaduais, federais e senadores para a emancipação da agrovila para município.
“Na Gleba moram em torno de 15 mil pessoas, mais de 6 mil eleitores. Em torno
de 80% dos produtos que abastece as feiras e mercados, e em torno de 20% da
carne bovina consumida em Parintins são produzidos no assentamento”, garante.
Raimundo
lembra que a ideia da luta partiu de pessoas que há décadas percebem a má
vontade pública em desenvolver projetos na Gleba. “Agora querem implantar a lixeira,
cemitério e presídio, como se a Vila Amazônia fosse o deposito dos problemas de
Parintins. vamos fazer um Abaixo Assinado e provocar um Plebiscito para tornar
a Vila um município. Aqui existem pessoas que sabem o que querem, e jamais
permitiremos que coloquem algo que venha atrapalhar o progresso das
comunidades, é nosso direito e vamos lutar por isso”, finaliza.
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