João Arcângelo, administrador do Cemitério, registrou Boletim de
Ocorrência na tarde de ontem
O administrador
do Cemitério São José, de Parintins, João Arcângelo Ribeiro Faria, 55,
registrou Boletim de Ocorrência (B.O) na tarde de ontem (06) na 3ª Delegacia
Regional de Polícia Civil de Parintins (3ª DRPC). A denúncia foi contra um
cidadão, que é contador e empresário, por ter sepultado em uma gaveta
pertencente a ele, um conhecido de 50 anos, sem pedir a autorização e o ameaçou
caso o impedisse.
De acordo
com o administrador, o fato aconteceu por volta de 7h30 de segunda-feira (04) e
só registrou B.O ontem por falta de tempo. “Chegou sem nos consultar, sepultou
na marra o cidadão, isso é ilegal. Só quem pode sepultar, são os coveiros e tem
toda uma burocracia, como pegar os dados do cidadão, para poder autorizar o
sepultamento. O pessoal que estava ajudando ele no sepultamento, deixou cair um
corrimento (água) do caixão na perna deles. Um bacana que pensa que pode fazer
o que bem entender, então, registreiB.O para servir de alerta para que situação
como essa não volte a acontecer”.
Regras
Segundo
Arcângelo, apesar do Cemitério ser um local público, há regras e devem ser
obedecidas. “O cidadão retornou algumas horas depois ao Cemitério, viu que
tinha errado e mostrou a xerox de
identidade do falecido, falou que ninguém entedia mais de lei do que ele. Esperava realmente que esse cidadão
conhecesse os valores do ser humano, não chegar atropelando para cima de todo
mundo, fazendo o que bem entender, porque ali é uma repartição pública, tem as
suas regras. Inclusive não pagou nem a taxa de R$91,00 para o sepultamento”.
De acordo
com o delegado Ivo Cunha, o que aconteceu é grave, porque o Cemitério é um
lugar público regulamentado pelo município. “Nada contra a família do rapaz,
mas o problema da pessoa que enterrou na marra um conhecido, segundo o
administrador do Cemitério, cometeu um crime e isso e gera procedentes penais.
Como não tem a causa da morte e não comprova nada do que morreu, poderia ser
uma ocultação de cadáver, ou até mesmo um enterro com um caixão vazio para
aplicar golpe pra ganhar algum benefício do INSS. Não quero dizer que essa
pessoa que enterrou na marra vai fazer isso, mas são os desdobramentos de uma
ação dessas. A gente abrirá inquérito policial para investigar, eu vou pedir
para a pessoa que fez isso regularizar esse enterro. Houve também um desacato
contra a autoridade do administrador do Cemitério”.
Geandro Soares
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