Uma das responsáveis do
projeto faz um apelo
para quem souber que comunique a coordenação do projeto ou a
Polícia.
Tracajás do
Projeto Pé de Pincha da Escola Municipal São Pedro, no Parananema, foram
roubados durante a semana passada. Os quelônios foram levados do tanque da
Escola, onde estavam espécies que servem para estudo. Uma das responsáveis do
projeto, a professora Ainda Maria Batista Farias registrou Boletim de
Ocorrência (BO) na Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) e faz um apelo
para quem souber alguma pista que comunique a coordenação do projeto ou a
Polícia.
“A grande tristeza que deixou a escola, os
voluntários que se doam, é que estão levando os quelônios do tanque que serve
para estudo. Primeiro começaram a levar os grandes que não tem mais, agora
estão levando os pequenos que nasceram em 2012”, declara a professora.
Ainda Maria
ressalta que os quelônios roubados tem uma marca do projeto e segunda ela o
mais provável é que eles estejam sendo vendido. “A gente apela para que a
Polícia continue investigando, pois conduzimos o projeto com muita dificuldade,
sacrifício, o qual não vai servir apenas para o Parananema, e sim, para o
município todo. Apesar das dificuldades, levamos em frente com amor e dedicação.
Estamos com ovos de 2013 na chocadeira, esperando o momento certo para eclodir”.
Segundo a
professora, é a primeira vez que está acontecendo casos de furtos de quelônios
do projeto no Parananema. “Esses quelônios ficam sozinho em uma área do lado da
escola, e nunca ninguém levou, é a primeira vez. Apenas trocava a água,
colocava comida pra eles, não sei o motivo que está acontecendo esse problema,
mas agora temos que ter força para levar em frente o nosso projeto e vencer
essa batalha em defesa da vida e da preservação”.
Apelo
O projeto
existe há mais de uma década na comunidade e há três anos está sob coordenação da
escola. A voluntária pede às pessoas que levaram os tracajás que reflitam sobre
o ato. “Ao invés de fazer isso, deveria participar conosco desse trabalho,
porque daqui mais alguns anos a gente vai ter mais e mais quelônios nos lagos e
essa pessoa não vai precisar fazer isso. Tome consciência, isso é ilegal, peço
para pensar num pai de família que vai coletar ovos em prol da preservação e nas
gerações futuras. Quem comete esse crime não tem amor naquilo que um dia vai
servir pra eles, pros netos deles”.
A gestora
da Escola, Maria do Rosário Beltrão, afirma que restaram somente doze tracajás no
tanque. “Sobraram apenas 12 tracajás no tanque. Ficamos tristes porque é um
projeto que desde 2010 trabalhamos com as crianças, conscientizando, sensibilizando
na importância da preservação. Desde cedo elas tem essa visão e aparecem essas
pessoas irresponsáveis pra tentar destruir o que está sendo trabalhado com
muita dedicação, carinho, amor, com os quelônios”.
Ela
ressalta que o projeto está conhecido, e pela internet recebem elogios de
pessoas do Japão, que incentivam pra que não abandonem o trabalho. A gestora através da reportagem do Gazeta
Parintins convida os órgãos ambientais a apoiar o projeto para descobrir quem
estar cometendo o crime.
Geandro Soares
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