terça-feira, 12 de novembro de 2013

Tracajás do Projeto Pé de Pincha do Parananema foram roubados do tanque



         Uma das responsáveis do projeto faz um apelo para quem souber que comunique a coordenação do projeto ou a Polícia.
  
Tracajás do Projeto Pé de Pincha da Escola Municipal São Pedro, no Parananema, foram roubados durante a semana passada. Os quelônios foram levados do tanque da Escola, onde estavam espécies que servem para estudo. Uma das responsáveis do projeto, a professora Ainda Maria Batista Farias registrou Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) e faz um apelo para quem souber alguma pista que comunique a coordenação do projeto ou a Polícia.

 “A grande tristeza que deixou a escola, os voluntários que se doam, é que estão levando os quelônios do tanque que serve para estudo. Primeiro começaram a levar os grandes que não tem mais, agora estão levando os pequenos que nasceram em 2012”, declara a professora.

Ainda Maria ressalta que os quelônios roubados tem uma marca do projeto e segunda ela o mais provável é que eles estejam sendo vendido. “A gente apela para que a Polícia continue investigando, pois conduzimos o projeto com muita dificuldade, sacrifício, o qual não vai servir apenas para o Parananema, e sim, para o município todo. Apesar das dificuldades, levamos em frente com amor e dedicação. Estamos com ovos de 2013 na chocadeira, esperando o momento certo para eclodir”.

Segundo a professora, é a primeira vez que está acontecendo casos de furtos de quelônios do projeto no Parananema. “Esses quelônios ficam sozinho em uma área do lado da escola, e nunca ninguém levou, é a primeira vez. Apenas trocava a água, colocava comida pra eles, não sei o motivo que está acontecendo esse problema, mas agora temos que ter força para levar em frente o nosso projeto e vencer essa batalha em defesa da vida e da preservação”.

Apelo

O projeto existe há mais de uma década na comunidade e há três anos está sob coordenação da escola. A voluntária pede às pessoas que levaram os tracajás que reflitam sobre o ato. “Ao invés de fazer isso, deveria participar conosco desse trabalho, porque daqui mais alguns anos a gente vai ter mais e mais quelônios nos lagos e essa pessoa não vai precisar fazer isso. Tome consciência, isso é ilegal, peço para pensar num pai de família que vai coletar ovos em prol da preservação e nas gerações futuras. Quem comete esse crime não tem amor naquilo que um dia vai servir pra eles, pros netos deles”.

A gestora da Escola, Maria do Rosário Beltrão, afirma que restaram somente doze tracajás no tanque. “Sobraram apenas 12 tracajás no tanque. Ficamos tristes porque é um projeto que desde 2010 trabalhamos com as crianças, conscientizando, sensibilizando na importância da preservação. Desde cedo elas tem essa visão e aparecem essas pessoas irresponsáveis pra tentar destruir o que está sendo trabalhado com muita dedicação, carinho, amor, com os quelônios”.

Ela ressalta que o projeto está conhecido, e pela internet recebem elogios de pessoas do Japão, que incentivam pra que não abandonem o trabalho.  A gestora através da reportagem do Gazeta Parintins convida os órgãos ambientais a apoiar o projeto para descobrir quem estar cometendo o crime.

Geandro Soares 

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