quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Falta de manutenção nas estradas impede escoamento da produção na gleba e Feira do Produtor pode fechar


 Estradas estão intransitáveis e os caminhões parados por falta de manutenção, afirma o presidente da Coopjuta

Pela falta de manutenção das estradas e dos veículos disponibilizados pelo Governo Federal para facilitar o escoamento da produção na gleba Vila Amazônia, os produtores daquela agrovila estão sem caminhões para transportar os produtos. Além disso, por falta de pagamento do aluguel, a Feira Livre do Produtor Rural, que funciona no centro da cidade, pode ser fechada. A informação é do agricultor João Cursino Ramos, 55 anos, que também é presidente da Cooperativa Mista dos Julticultores de Parintins (Coopjuta).
“Pela falta de manutenção, as estradas estão intransitáveis, e os caminhões que eram para ser mantidos pela prefeitura e ajudar no escoamento da produção da gleba estão parados. O caminhão que era para servir o pessoal da região do Zé Açu está parado desde o ano passado, ficou a pelo menos 6 meses parado no ultimo ano da gestão do ex prefeito Bi Garcia. O outro veículo que era para atender o pessoal da Vila, que ainda funcionava, está parado em torno de quatro meses”, revela João Cursino.
O interiorano afirma que os agricultores que ainda conseguem escoar a produção por conta própria, podem ficar sem o local em Parintins para vender seus produtos. “Faz oito meses que a Prefeitura não paga o aluguel do galpão onde funciona a Feira Livre do Produtor Rural. O prédio pertence a Coopjuta e a dívida chega em torno de R$ 30 mil. Tentamos várias vezes acordo com o prefeito Alexandre da Carbrás e com o secretário de produção do município, o senhor Samarone, mas até agora nada foi feito para resolver a situação. Se nada for resolvido, vamos fechar o galpão até que o pagamento seja feito”.

Patrulha Mecânica

Segundo João, o Incra doou a patrulha mecânica para os serviços de manutenção e ampliação de estradas, mas durante o verão, a Prefeitura não se preocupou em fazer os trabalhos. “Sempre ouvimos nas rádios que o serviço estava sendo feito, mas não é verdade, só foi feito em alguns pontos, o resto era só balela. Com as chuvas pelo menos 60% da estrada entre a Vila Amazônia e a comunidade do Açaí, está toda esburacada e sem condições de tráfego. 

Os sócios da Associados dos Pequenos Produtores Rurais da Comunidade Nossa Senhora de Fátima do Açaí (Pará), que tem um caminhão que faz o escoamento da produção, deles e de outros produtores, decidiram parar o veículo que já apresenta problema”.
O agricultor informa que sócios da Apra pedem desculpas as pessoas que necessitam do transporte e apela ao Prefeito que faça algo pelo povo da Vila Amazônia. “O prefeito Alexandre pode começar ajudar arrumando as estradas, assim o povo que vive praticamente um pesadelo, pode voltar a trabalhar e escoar as produções sem se preocupar em ficar retido no meio da estrada que não dá condições de trânsito. Pelas péssimas condições das estradas, dezenas de pessoas já se acidentaram nas valas e buracos estão por toda parte ao longo da estrada”.

Descaso
 
Segundo o interiorano, pelo descaso do poder público com o Setor Primário a patrulha mecânica doada pelo Incra está em vários pontos da agrovila ao relento pegando chuva e sol e pode se acabar. “O pior é que as máquinas existem, foram doadas pelo Incra, mas por falta de consciência política, descaso com o dinheiro público e com a população, estão espalhadas em lugares inapropriados, mal cuidadas e podem se acabar. Isso é uma vergonha, e vem desde a administração passada, a atual também até agora também não fez pelo setor primário”, finaliza.

           A Feira do Produtor também pode parar de funcionar

A Feira Livre do Produtor Rural, funciona ao lado da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, na rua Bolevard 14 de Maio com a Rio Branco. O prédio pertencente a Coopjuta e no local trabalham em torno de 120 pessoas em sistema de rodízio. Segundo Ramos, o aluguel custa mensalmente mais de R$ 3 mil. Outra informação repassada à reportagem seria que ao saber da displicência do poder público, alguns feirantes procuraram a direção da Coopjuta para encontrar um meio de permanecer no local caso a Prefeitura não pague a dívida. A reportagem tentou contato com o secretário de produção do município pelo celular **52-**98, para que pudesse dar uma resposta ou explicação ao povo quanto aos problemas, mas ele não atendeu as chamadas e nem retornou as ligações.


    Ataíde Tenório

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