Estradas estão intransitáveis e os caminhões parados por falta de
manutenção, afirma o presidente da Coopjuta
Pela falta
de manutenção das estradas e dos veículos disponibilizados pelo Governo Federal
para facilitar o escoamento da produção na gleba Vila Amazônia, os produtores daquela
agrovila estão sem caminhões para transportar os produtos. Além disso, por falta
de pagamento do aluguel, a Feira Livre do Produtor Rural, que funciona no
centro da cidade, pode ser fechada. A informação é do agricultor João Cursino
Ramos, 55 anos, que também é presidente da Cooperativa Mista dos Julticultores
de Parintins (Coopjuta).
“Pela falta
de manutenção, as estradas estão intransitáveis, e os caminhões que eram para
ser mantidos pela prefeitura e ajudar no escoamento da produção da gleba estão
parados. O caminhão que era para servir o pessoal da região do Zé Açu está
parado desde o ano passado, ficou a pelo menos 6 meses parado no ultimo ano da
gestão do ex prefeito Bi Garcia. O outro veículo que era para atender o pessoal
da Vila, que ainda funcionava, está parado em torno de quatro meses”, revela
João Cursino.
O
interiorano afirma que os agricultores que ainda conseguem escoar a produção
por conta própria, podem ficar sem o local em Parintins para vender seus
produtos. “Faz oito meses que a Prefeitura não paga o aluguel do galpão onde
funciona a Feira Livre do Produtor Rural. O prédio pertence a Coopjuta e a dívida
chega em torno de R$ 30 mil. Tentamos várias vezes acordo com o prefeito
Alexandre da Carbrás e com o secretário de produção do município, o senhor
Samarone, mas até agora nada foi feito para resolver a situação. Se nada for
resolvido, vamos fechar o galpão até que o pagamento seja feito”.
Patrulha
Mecânica
Segundo
João, o Incra doou a patrulha mecânica para os serviços de manutenção e
ampliação de estradas, mas durante o verão, a Prefeitura não se preocupou em
fazer os trabalhos. “Sempre ouvimos nas rádios que o serviço estava sendo
feito, mas não é verdade, só foi feito em alguns pontos, o resto era só balela.
Com as chuvas pelo menos 60% da estrada entre a Vila Amazônia e a comunidade do
Açaí, está toda esburacada e sem condições de tráfego.
Os sócios da Associados
dos Pequenos Produtores Rurais da Comunidade Nossa Senhora de Fátima do Açaí
(Pará), que tem um caminhão que faz o escoamento da produção, deles e de outros
produtores, decidiram parar o veículo que já apresenta problema”.
O
agricultor informa que sócios da Apra pedem desculpas as pessoas que necessitam
do transporte e apela ao Prefeito que faça algo pelo povo da Vila Amazônia. “O
prefeito Alexandre pode começar ajudar arrumando as estradas, assim o povo que
vive praticamente um pesadelo, pode voltar a trabalhar e escoar as produções
sem se preocupar em ficar retido no meio da estrada que não dá condições de
trânsito. Pelas péssimas condições das estradas, dezenas de pessoas já se
acidentaram nas valas e buracos estão por toda parte ao longo da estrada”.
Descaso
Segundo o interiorano, pelo
descaso do poder público com o Setor Primário a patrulha mecânica doada pelo
Incra está em vários pontos da agrovila ao relento pegando chuva e sol e pode
se acabar. “O pior é que as máquinas existem, foram doadas pelo Incra, mas por
falta de consciência política, descaso com o dinheiro público e com a
população, estão espalhadas em lugares inapropriados, mal cuidadas e podem se
acabar. Isso é uma vergonha, e vem desde a administração passada, a atual
também até agora também não fez pelo setor primário”, finaliza.
A Feira do Produtor também pode parar de funcionar
A Feira
Livre do Produtor Rural, funciona ao lado da Igreja do Sagrado Coração de
Jesus, na rua Bolevard 14 de Maio com a Rio Branco. O prédio pertencente a
Coopjuta e no local trabalham em torno de 120 pessoas em sistema de rodízio.
Segundo Ramos, o aluguel custa mensalmente mais de R$ 3 mil. Outra informação
repassada à reportagem seria que ao saber da displicência do poder público,
alguns feirantes procuraram a direção da Coopjuta para encontrar um meio de
permanecer no local caso a Prefeitura não pague a dívida. A reportagem tentou
contato com o secretário de produção do município pelo celular **52-**98, para
que pudesse dar uma resposta ou explicação ao povo quanto aos problemas, mas
ele não atendeu as chamadas e nem retornou as ligações.
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