segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Povo da Vila Amazônia se reúne para impedir implantação de lixeira no local



               Pelo menos trinta famílias ocupam a área onde seria implantada a Lixeira Pública

Líderes comunitários da região do Assentamento Vila Amazônia, em contato com a redação do Gazeta Parintins, no fim da tarde de ontem, afirmam que após várias reuniões com moradores, resolveram lotear e assentar pelo menos trinta famílias na área onde o prefeito Alexandre da Carbrás pretende implantar a Lixeira Pública de Parintins. Eles afirmam que a atitude é para evitar o risco de transferência da Lixeira Pública do município para a localidade.
Sergio da Silva Muniz, afirma que na região do assentamento existem muitas famílias que não têm terreno e sabendo que hoje acontece na Vila uma Audiência Pública para tratar da implantação da Lixeira, decidiram que na manhã de terça-feira (17), o povo vai lotear e fazer a ocupação da área que seria implantada a Lixeira Pública. “Pelo menos 30 famílias que não têm terreno, principalmente da comunidade Flor de Maio, serão alocadas nos lotes”.

Decisão

O interiorano afirma que a decisão se deu em consenso entre eles, para evitar a poluição no assentamento já que a agrovila é um assentamento agrícola e não um local para depósito de lixo. “Para evitar que o município torne o local em lixeira que com certeza traria doenças e poluição não só para as pessoas, mas também para a fauna e flora e a contaminação de muitas nascentes de rios e igarapés, o povo da vila chegou ao consenso, resolveu tornar a área um bairro da comunidade Flor de Maio, onde o problema seria mais acentuado”.
Muniz que sempre esteve à frente das lutas e reivindicações por melhorias da qualidade de vida dos assentados da Vila Amazônia, revela que vão acionar o Ministério Público (MP), as polícias Civil e Militar e o Incra para que todos tenham consciência que a ocupação será de forma pacífica e com objetivo de evitar problemas futuros os comunitários,peixes, animais,rios e floresta. “Se contaminarem a floresta, os rios, os peixes e as caças, vão estar condenados à morte os filhos da Vila Amazônia. Para evitar isso, queremos ajuda da imprensa, das igrejas, do MP, do Incra e dos órgãos de defesa do meio ambiente”, finaliza.
Tentamos contato com o prefeito Alexandre da Carbrás pelo telefone ****-**75, mas a ligações não foram atendidas. 

Ataíde Tenório

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