quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Projeto social Esporte e Religião tira crianças e adolescentes das ruas

 

O presidente da Associação dos Moradores do Bairro São José Operário (Amajosé), Messias Oliveira, criou em maio deste ano, o projeto social Esporte e Religião, que mesmo sem apoio, já atende mais de 70 crianças e adolescentes carentes. Para participar das atividades de futebol e futsal, a exigência é que os beneficiários participem da catequese aos sábados e missas nos domingos.
“Nosso objetivo é afastá-los do mundo da violência, marginalidade e das drogas que hoje existe muito. Meu pagamento é a alegria das crianças. Estou fazendo a minha parte, a gente pode até não conseguir 100%, mas 80% conseguimos. Muitas vezes, de tanto as pessoas não quererem ajudar, pensamos em desistir, mas outro dia amanhece melhor e Deus ajuda”, disse.
A esposa de Messias, Lídia Andrade dos Santos, acompanha o marido no projeto e pede as pessoas de maior poder aquisitivo que procurem confraternizar no natal com quem precisa de ajuda. “Pedimos que procurem as pessoas que incentivem as crianças a praticar esporte. Praticando esporte elas não estão roubando, usando droga, ajudem a gente e outros grupos com pelo menos bola, pois é o que a gente mais precisa, e na cooperação da merendinha deles. Muitas pessoas acham bonito, mas incentivar, ajudar, nessas horas ninguém quer”.

Apoio

Lídia relata que ela e o esposo tiram do próprio tempo, para se dedicar as crianças. “Muitas pessoas adultas não têm tempo e dedicamos parte do nosso a essas crianças. Elas se sentem amadas e retribuem o carinho que a sentimos por elas. Por causa desse projeto esporte e religião do meu marido, outras comunidades já estão aderindo, porque hoje em dia temos que evangelizar, explicar as coisas que acontecem no mundo para tirá-las do mau caminho”.
Hugo da Silva Marinho, 11, participa do projeto e comenta que gosta de jogar futebol. “Antes do projeto não fazia nada, só ficava andando na rua, agora tenho uma atividade no projeto e me sinto feliz, vou pra igreja, jogo bola. Mudou também meu comportamento em casa, meus pais notaram a mudança. Diria para essas crianças e adolescentes que estão na rua, no mundo do crime, que procurem outras coisas pra fazer que é muito melhor que as drogas”.


Geandro Soares

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