segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Imprudência: vigia morre ao ser atropelado na Rodovia Odovaldo Novo



O vigia da Universidade do Folclore Paulinho Faria, do Boi Garantido, Francisco Costa, 75, morreu atropelado por uma motocicleta Bros, quando retornava de bicicleta da padaria.  O acidente aconteceu sábado (18), por volta de 6h da manhã na Rodovia Odovaldo Novo, nas proximidades do curral Lindolfo Monteverde. A vítima foi conduzida ao Hospital Padre Colombo (HPC), onde recebeu atendimento médico emergencial, mas após duas horas não resistiu e morreu por traumatismo craniano, hemorragia cerebral e choque hipovolêmico.

O acusado pelo acidente, Francisco M. dos Santos, teve escoriações pelo corpo e ferimentos na cabeça e após ser atendido no HPC, foi apresentado com a cabeça enfaixada na 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil (3ª DRPC) às 10h22. Na delegacia, ele disse que consumiu bebida alcoólica, porém, jamais teria coragem de tirar a vida de alguém, e o fato foi uma fatalidade. Ele foi flagranteado pelo delegado Ivo Cunha por homicídio doloso, pela confissão de dirigir embriagado. 
Francisco Costa Filho, foi o último a ver o pai vivo e comentou. “Tinha acabado de chegar do trabalho, umas 5h. Meu pai que sempre acordava 4h30, estava preparando o café, perguntou se eu queria e como estava cansado agradeci e foi dormir, em seguida ele foi comprar pão e no retorno aconteceu isso com ele”.

Justiça e Descaso

Outro filho da vítima, o professor Orenildo Brito, pede que a justiça não seja branda com o acusado. “Esse cidadão estava embriagado. Meu pai foi comprar pão como sempre fazia e aconteceu essa fatalidade pela imprudência desse cidadão”.
Orenildo citou a precariedade da saúde em Parintins que não oferece atendimento especializado para muitos casos o que teria contribuído com a morte do pai. “A cidade precisa de médicos especialistas. No hospital onde meu pai foi internado não tem raio-x, e quase nada, faltou mais empenho da equipe médica para salvá-lo. Se fosse em um hospital padrão, meu pai não teria morrido, a saúde do município está um descaso. É preciso investir mais, vimos muitas irregularidades durante o tempo que o meu pai ficou internado, é lamentável”.
A vítima morava na rua Paraíso, bairro Dejard Vieira, e trabalhava há mais de 10 anos no Garantido. O enterro aconteceu na manhã de ontem no Cemitério São José, o cortejo saiu da Universidade do Folclore Paulinho Faria, onde recebeu homenagem, por ter sido exemplo de funcionário.

Geandro Soares

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