Joab Pinto
Muniz, 35, morreu afogado sexta-feira (24) no lago do Caburi, por volta de 6h
da manhã, após um ataque de epilepsia quando retirava a malhadeira no porto da
casa dele. A mãe da vítima, ao avistar a canoa sem o filho ficou desesperada.
Raimunda Martins Pinto, 68, constatou que o filho tinha caído n’água e com
ajuda do neto conseguiu retirar o corpo que estava há um metro de profundidade.
Joab deixou cinco filhos, que segundo parentes, a mãe das crianças as abandonou há
dois anos.
“Foi tudo
rápido. Joab foi vigiar a malhadeira e pedir para meu neto o acompanhar por
causa da doença, depois de alguns minutos, observei que o menino ainda não
tinha ido, e quando olhei para o porto, Joab não estava na canoa. Fomos ao
local e constatamos que ele tinha caído n’água por motivo da doença ter o
atacado. Eu e meu neto tiramos o corpo do fundo”, declarou Raimunda.
Ela
informou que não foi a primeira vez que a doença atacou o filho durante
pescaria. “Por várias vezes ele já tinha caído n’água, mas outras pessoas o
retiraram do fundo com vida. Dessa vez estava sozinho e morreu”, relatou em
prantos.
Abandono
Dos cinco
filhos que Joab deixou, quatro viviam com ele. Os familiares da vítima vão
procurar o Conselho Tutelar de Parintins para resolver a situação das crianças,
pois contam que a mãe as abandonou há dois anos e com a morte do pai eles estão
com os avós paternos. A família conta também que a vítima apesar de sofrer da
doença, ainda não tinha conseguido benefício do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), por isso, trabalhava como diarista, pescador e na maioria das
vezes como vaqueiro. Joab é a quarta vítima de afogamento no lago do Caburi nos
últimos 10 meses.
Epilepsia é
um conjunto de desordens neurológicas caracterizadas por descargas elétricas
anormais dos neurônios que podem gerar convulsões. Geralmente a vítima desta
doença tem contrações involuntárias da musculatura, como movimentos
desordenados, ou outras reações anormais como desvio dos olhos e tremores.
Geandro Soares
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