O parintinense Laurence
Felipe Prata da Silva, 23 anos, que sobreviveu a um acidente de trânsito na
madrugada do dia 29 de dezembro, e teve o fêmur esquerdo quebrado, deixou o
porto de Parintins rumo a Capital do Estado na manhã de hoje jogado em um
colchão colocado no convés de uma embarcação. As pessoas que presenciaram a
situação do rapazficaram indignadas e taxam o caso como um retrato do Sistema
da Saúde Pública em Parintins que, para eles está abandonado.
SegundoDarlene dos
Santos Vieira, 29 anos, esposa do paciente, a família não tem condições de
pagar uma aeronave para transportar o paciente e recorreu a Secretaria de Saúde
do Município (Semsa), mas ouviu da assistente social que o caso do marido dela não
era grave e foi disponibilizada para ele a passagem em um camarote de barco de
recreio Parintins/Manaus. “O camarote da embarcação é pequeno e não comportou
meu marido, por isso ele teve que ser colocado nesse colchão, no convés do
motor”, lamentou.
Revolta
Um cidadão que acionou
a reportagem do Gazeta Parintins e pediu para não ter o nome revelado, está
revoltado com a situação que passa o paciente e a família, Ele afirma que, “Parintins
fica 369 quilômetros em linha reta da Capital do Estado. A viagem em um avião
UTI, demora no máximo 1 hora e 20 minutos. Já de embarcação as viagens chegam a
durar até 24 horas. Além da demora, na viagem de barco existe o desconforto dos
balanços provocados pelos banzeiros (ondas), que pode ser prejudicial e complicar
ainda mais o quadro clínico do paciente”.
O cidadão taxa a situação
de deplorável e como um retrato do abandono que vive a saúde no Município. “Esse
rapaz é de família simples, e sem condições financeiras. Estáviajando sem as
mínimas condições de cuidados e acompanhamento de um profissional de saúde.
Parece que os responsáveis pelo Sistema de Saúde em Parintins esqueceram que
todo paciente inspira cuidados”, enfatiza.
Acidente
Laurence é o paciente
que sobreviveu ao acidente que envolveu um veículo alto motor dirigido pelo
senhor Roberto Novo e uma moto dirigida porpelo amigo Silker da Souza Mesquita,
21 anos, ele estava na garupa da moto. Silker morreu 8 horas após o acidente
que aconteceu na bifurcação da Avenida Nações Unidas com a rua Lindolfo
Monteverde, na conhecida Curva da Morte. Darlene acusa o senhor Roberto Novo de
ter causado o acidente e não prestar assistência ao marido dele que sofreu
fratura no fêmur e escoriações pelo corpo. “O que ele praticou foi um crime e
se quer está dando assistência ao meu esposo que passa por dificuldades. Quando
retornar da Manaus vamos acionar a justiça”.
Ataíde tenório
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