terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Zé Açu sofre com o aumento do tráfico de drogas e moradores querem implantação do Ronda no Bairro na comunidade


 Moradores do Bom Socorro, região do Zé Açu, cobram do governador do Estado a implantação do programa Ronda no Bairro para a comunidade. Eles denunciam ainda que, com a implantação do programa em Parintins, houve a migração do tráfico de drogas para o local e gerou aumento da violência na região.
O professor Charles Mascarenhas, afirma que os fatos estão ocorrendo devido à exclusão da comunidade que não recebeu o módulo do Ronda no Bairro como estava previsto. “O Ronda no Bairro foi implantado na cidade e muitos marginais migraram para o interior do município. Nossa comunidade já sente essa problemática com a elevação do tráfico de drogas e um aumento considerável da violência. O governo do Estado atendeu um local, mas esqueceu de outros e os marginais se aproveitaram e estão agindo”.

     Para Charles Mascarenhas os fatos estão ocorrendo devido a exclusão da comunidade

 Charles também revela, que já comunicaram a situação, através de documento ao comandante o 11º Batalhão da Polícia Militar do Amazonas (PM-Am), major Valadares Pereira de Souza Júnior, para que seja feito um trabalho de segurança e monitoramento das pessoas que estão comercializando drogas na região. “Algo precisa ser feito com urgência no Bom Socorro onde existe uma situação alarmante quanto ao tráfico de droga e consumo de bebida alcoólica”.

Migração

Mascarenhas acredita que, com o aumento do número de policias nas ruas da sede, muitos traficantes buscam outras localidades para continuarem práticas criminosas. “Com as viaturas da PM monitorando as ruas da cidade, traficantes e outros bandidos buscam as comunidades polos para se instalarem e continuar praticando ilícitos. Nós que somos polo de 11 comunidades da região do Zé Açu, sofremos com as visitas desses bandidos que estão se aproveitando da falta de segurança, não só lá, mas com certeza em outros polos que não receberam o programa e o governo precisa resolver essa situação”.
Em entrevista concedida ao jornal Gazeta Parintins, o comandante da Polícia Militar, Major Valadares, afirmou que, equipes da PM que vieram ao município fazer os primeiros levantamentos de implantação do programa, cogitaram que a comunidade Bom Socorro do Zé Açu receberia a implantação do Ronda no Bairro, mas com o fim do planejamento na Capital do Estado, na Secretaria de Segurança, ficou definido que seriam implantados apenas oito módulos do programa no município, seis na sede, um na Vila Amazônia e outro no Mocambo que também atenderia a agrovila Caburi.

 Intervenção

 Segundo o Major Valadares os critérios para implantação do Programa são feitos por Manaus

Segundo o Major, por intervenção do vice-governador do Estado José Melo, Caburi foi contemplado com um módulo do programa. “Graças a intervenção do professor José Melo, um módulo do Ronda no Bairro foi destinado ao Caburi e ao invés de dois, ficaram três na zona rural. Os critérios para implantação do programa são feitos por uma equipe em Manaus, que determina se a comunidade Bom Socorro do Zé Açu, que congrega outras comunidades satélites pode receber o programa”.
Valadares ressalta que a equipe da Secretaria de Segurança que fez o levantamento, analisou tudo direito. “Situações como essas não dependem de mim, pois não é de minha esfera resolver aonde vai ou não ser implantado o programa. Tiramos um módulo da sede e mandamos para o Caburi, por causa da demanda existente ali com relação a segurança. O módulo que ficou ausente aqui, cobrimos  com uma viatura que seria disponibilizada ao comando do programa”.
O Comandante garante que ao tomar conhecimento das informações ocorridas no Bom Socorro, fará um levantamento e após análise, verá a possibilidade de fazer operações pontuais para combater o tráfico se estiver realmente acontecendo na comunidade. “Vamos averiguar as denúncias de tráfico e outros delitos que estejam acontecendo na localidade, e o mais rápido possível realizar operações e montar uma equipe de agentes comunitários para fazer o monitoramento dos ilícitos na área para facilitar as ações pontuais que faremos”, finaliza.


Ataíde Tenório (ataidetenorio1@hotmail.com)

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