Défice de professores e merendeiras nas escolas pode
prejudicar a qualidade do ensino
A falta de
planejamento da Secretaria de Educação e Qualidade de Ensino do Amazonas (Seduc)
fez com que o ano letivo de 2014, em Parintins, começasse com défice de
professores e de merendeiras nas escolas. Segundo reclamação de um pai de
aluno, os estudantes do turno matutino de alguns educandários estão saindo mais
cedo por falta da merenda escolar.
“A falta de
professores nas salas de aulas e dos profissionais de cozinha que preparam a
merenda dos estudantes está acontecendo por falta de planejamento da Seduc. Meu
filho estuda na escola Suzana de Jesus Azêdo e está saindo mais cedo por falta de
professores. Mas conheço escolas onde os alunos estão saindo mais cedo porque
não tem quem faça a merenda. Se a Seduc tivesse organizada, com certeza, o
quadro de professores estaria completo”, garante. Por ser funcionário público
municipal, o pai pediu para ter o nome resguardado.
Em
entrevista ao Gazeta Parintins a professora Maria Eulane Tavares, gestora da
Escola Suzana de Jesus Azedo, revelou que existe a falta de 8 professores para
completar o quadro de educadores da escola, contudo as aulas acontecem
normalmente. “Apesar de estar faltando alguns professores, a escola tem
atendido normalmente os alunos. As aulas acontecem de 7hs as 11h15 no turno
matutino e de 13hs as 17h15 no turno vespertino. Somente na manhã de hoje
(quinta-feira, 13), os estudantes foram liberados as 9h30 porque precisávamos
reunir com professores para tratar alguns detalhes do ano letivo”.
Carência
Maria
Eulaine acredita que a falta de professores não é uma deficiência só da escola
Suzana de Jesus. “Acredito que todas as escolas estaduais passam por essa
problemática. O caso ocorre porque os professores do Processo Seletivo
Simplificado (PSS), realizado pela Seduc, ainda não foram lotados. Mesmo com
este défice estamos fazendo o cumprimento do calendário escolar. Os professores
que atuam na escola e não estão assumindo sala de aula estão dando suporte pra
nós cobrirmos a carência dos professores que ainda não vieram, principalmente
no 5º e 6º ano”.
A situação
é motivo de preocupação para a gestora, pois a escola concorre ao Selo Iso 9001
e a situação pode atrapalhar a liberação do selo. A escola tem 9 turmas de
estudantes de 5º e 6º, com 35 alunos em média, contudo existem 4 professores
lotados e 3 lecionando, pois 1 está doente. “Faltam 8 professores, mas estamos
procurando atender normalmente para os estudante não ficarem sem atividade
escolar’.
Recebemos a
informação que na escola Padre Jorge Frezini a situação é pior, pois além da
falta de professores, faltam profissionais para fazer merenda escolar. Nossa
equipe procurou a professora Maria do Carmo Oliveira Silva, gestora do
educandário, que preferiu não gravar entrevista, mas confirmou a falta de 4
professores e 1 merendeira para completar o quadro da escola, pela parte da
manhã.
Maria do
Carmo afirmou suprir a falta de professores nas salas de aulas, mas os
estudantes saem as 9h30 por não ter merendeira, isso evita que as crianças
sofram por falta de alimentação na escola, sem contar com a preocupação em cumprir as normas
sanitárias, por isso vai aguardar pessoa capacitada para preparar a merenda das
crianças enviada pela Seduc.
Solução
Ao procurar
a Coordenadoria Regional da Seduc em Parintins
Ana Ester Paulino revelou a nossa reportagem que a falta de professores
nas salas de aula não é um problema somente de Parintins e que todo o Estado
está passando pela mesma situação, mas a Seduc, através do secretário estadual
de educação, Rocielli Soares da Silva, promete resolver tanto a lotação dos
professores quanto dos profissionais de cozinha.
A
coordenadora garante que até amanhã (terça-feira, 18) os problemas estejam
solucionados, pois a Seduc deve contratar
professores pelo processo seletivo e as merendeiras via empresa
privada ou remanejar as profissionais de
uma escola para outra, a fim de não prejudicar ainda mais os alunos.
Ataíde Tenório (ataidetenorio1@hotmail.com)
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