segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Delegado Ivo Cunha deixa a Parintins para assumir delegacia do município Careiro Castanho





Após sete anos atuando na 3º Delegacia Interativa de Polícia (3ª Dip), de Parintins, o delegado Ivo Cunha, natural do Pará, vai deixar a cidade quarta-feira (19), para atuar na delegacia do município Careiro Castanho. A portaria da transferência foi divulgada no Diário Oficial do Estado neste fim de semana.

“Primeiramente foi cogitado para eu assumir a delegacia de Barreirinha, onde já tive oportunidade de desempenhar meu trabalho e deixei muitos amigos, mas reconduziram-me ao Careiro Castanho. Sou funcionário público e onde me colocarem eu trabalho. Em relação à família, facilitou, pois Careiro tem voo direto pra Santarém (PA); a perda é porque gosto de Parintins, o povo me acolheu e nesses sete anos fiz o possível para desempenhar o meu papel com dignidade e respeito. Outros delegados  permaneceram pouco tempo aqui, como permaneci um longo período, houve respeito recíproco da  sociedade com a polícia e tentamos fazer o possível para resolver os problemas”, afirmou Cunha.


Casos



O delegado informou que desde 2007, quando assumiu a 3ª Dip, houve 70 casos de homicídios na cidade, média de 10 por ano, dos quais 97% foram solucionados. “Só não desvendamos dois casos. O caso Omar Faria (vítima assassinada com requintes de crueldade), faltaram provas para condenar o suposto autor. Outro, do rapaz indígena que dormia debaixo de uma árvore e foi atingido com uma estocada pelas costas. A vítima não tinha passagem pela delegacia, fizemos de tudo, mas infelizmente não encontramos o assassino. Embora haja ocorrências em Parintins, é um dos municípios acima de 100 mil habitantes com menor índice de homicídio no país”.

Sobre o tráfico de drogas, Ivo Cunha afirma ser algo recorrente e que a maioria dos traficantes atuais de Parintins já trafica há anos. “São poucas novidades. A gente estava monitorando, infelizmente eu fui transferido, ainda não queria ir embora, mas pediram para eu cumprir a missão em outro município. Espero que o próximo colega também combata com veemência esse crime que é maior destruidor de lares, porque um viciado furta, agride pais, irmãos, a vida dele e de quem vive com ele vira um inferno. Os traficantes aliciam menores para o tráfico e acabam com o futuro de crianças e adolescentes, que se tornam “aviãozinhos”. A pena deveria ser mais rigorosa para esses bandidos”.

O Delegado enfatiza que nos últimos sete anos, cerca de 250 flagrantes por tráfico de entorpecentes foram realizados pela 3ª Dip. “Fizemos duas operação contra o tráfico e roubo, a única cidade do Estado com operação local, realizamos todo o levantamento e conseguimos 100% de êxito. Saio, mas desejo muita sorte pro colega que vai assumir a 3ª Dip, que venha com ânimo, faça parte da comunidade, com certeza, a cidade vai recebê-lo bem”, declarou.

O delegado tem 27 anos prestados ao serviço público, dos quais 12 dedicados a Polícia Civil. Ele revela que virá a Parintins sempre que puder. “A gente criou um vinculo forte com a cidade, se tiver oportunidade volto a trabalhar como delegado de Parintins, pois o povo daqui é alegre, ordeiro. Claro que há mazelas sociais, como em todas as cidades. Mas tenho que agradecer pela amizade com este povo e colaboração, inclusive da imprensa parintinense, que nos ajudou muito nos desvendamento de vários crimes”.

Ataíde Tenório e Geandro Soares

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