quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Menino fica sem dedo da mão ao ser atacado por Pirarucu-boia no Caburi




      Wennek Marrone perdeu o dedo anelar ao ser atacado por um pirarucu-boia quando brincava n’água (foto: Geandro Soares)

Wennek Marrone Soares, 11, perdeu o dedo anelar esquerdo ao ser atacado por um pirarucu-boia quando estava pulando n’água na companhia de colegas na Agrovila Caburi. O fato aconteceu ontem por volta de 15h, a cerca de 20 metros da margem.
Ao ouvir o grito do menino, um senhor o salvou do ataque e o levou para a margem, de onde foi conduzido ao posto de saúde Denizal Pereira, e em seguida encaminhado a Parintins onde está internado no Hospital Padre Colombo (HPC). A mordida foi fatal e decepou o dedo do garoto. O menino e a tia conversaram na noite de ontem com a reportagem do Gazeta Parintins. “Estava brincando de manja com meus colegas, quando o peixe pirarucu-boia puxou meu dedo e comecei a gritar de dor, mas o pessoal pensava que era brincadeira, quando espirrou sangue, perceberam que era grave. Um senhor me buscou para a margem. Me levaram no posto e após nos mandaram a Parintins, onde no Padre Colombo fizeram os curativos”, relatou Wennek.  Segundo o garoto essa foi à primeira vez que viu um pirarucu-boia.
Mirley Carmo acompanha o sobrinho no hospital e comenta que no desespero Marrone puxou a mão, o que pode ter contribuído para a perda do dedo. “As crianças sempre brincam, agora que aconteceu isso, estão com medo de pular n’água naquele local que fica no final da rua Parintins, no Caburi”, declarou. Mesmo com a perda do dedo, o menino disse a reportagem, que está animado para o retorno às aulas, na próxima segunda-feira (10), para isso, espera estar recuperado.

Espécie Rara


 Foto: internet

O pirarucu-boia é uma espécie rara chamada Lepidosiren paradoxos, que é metade peixe e metade cobra. Com o corpo arredondado e comprido, pode ultrapassar um metro de comprimento.
O peixe provoca medo e apreensão aos moradores de municípios do Amazonas que sofrem com a grande cheia do rio, principalmente em localidades de várzeas e igapós. Em entrevista a repórter Islânia Lima, do Portal D24AM, o especialista em peixes de água doce do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), biólogo Jansen Zuanon, disse que o animal é nocivo e pode ser encontrado em diversas áreas alagadas tanto em cidades do interior como também na capital do Amazonas.
O pesquisador afirma que a espécie vive isoladamente e, divido a cheia, fica mais difícil conseguir alimento e acaba aproximando o animal de casas e beiradas de rio. “O medo das pessoas é por conta da aparência do animal, com dentição forte capaz de arrancar pedaço com uma mordida. Ele só ataca se alguém colocar o dedo na boca dele”, ressaltou.
Jansen conta que existem histórias folclóricas a respeito do animal e uma delas é que o peixe morde a língua de bois em áreas de igapós, levando o animal a morte. Já outros afirmam que a mordida do animal chega a ser tão forte que o membro atingido precisa ser amputado.

Incidente

   Foto: internet

Outro caso que aconteceu ontem no Caburi, foi o de um menino de dois anos que colocou um grão de feijão no ouvido enquanto brincava. A família levou o menino para o posto de saúde da localidade, mas na unidade de saúde, não conseguiram retirar o grão, por isso, a criança foi encaminhada a Parintins. No HPC o garoto passou por cirurgia simples e o médico conseguiu retirar o grão do ouvido do garoto. Segundo parentes, o procedimento cirúrgico foi um sucesso e ele passa bem.

 Geandro Soares

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