sexta-feira, 7 de março de 2014

Corpo de idoso vítima de latrocínio encontrado boiando no Lago do Mocambo com os punhos e tornozelos amarrados





O corpo do fazendeiro Joaquin Nina dos Santos, 73 anos, vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), foi encontrado boiando no lago do Mocambo, na manhã de hoje (07), por alguns pescadores, com os punhos e tornozelos amarrados a um fio elétrico e uma pedra na cintura. O crime teria acontecido quarta-feira (05) a noite, na cabeceira São Luiz, comunidade São Pedro do Distrito Mocambo do Arari, quando ele estava bebendo com os dois suspeitos do crime, que segundo moradores têm entre 20 e 25 anos de idade e saíram da comunidade ontem.

Uma guarnição do Corpo de Bombeiro foi ao local e trouxe o cadáver (que estava em decomposição) ao Instituto Médico Legal de Parintins, às 19h, em uma lancha, acompanhada de dois moradores da comunidade (Manoel Domingos, 63, e Manoel Cardoso, 61) e o PM Patrick. O legista Jorge de Paula com apoio dos técnicos auxiliares Afrânio de Jesus e Benedito Pimentel realizou o exame necroscópico que apontou que o idoso foi assassinado com pauladas na cabeça e face, e depois foi amarrado e jogado no rio. O dinheiro, rancho e DVD da vítima não foram encontrados.

Joaquin Nina morava na rua Cordovil, Centro, e segundo o filho Carlos Cardoso de vez em quando ia para a comunidade São Pedro, onde tinha uma fazenda. “Nessa última viagem meu pai foi pra fazenda dele passar o gado da várzea à terra firme. Ainda não caiu a ficha da morte dele, era uma pessoa que tinha uma grande vitalidade, infelizmente morreu dessa forma trágica, a gente quer que o caso seja esclarecido e os autores desse latrocínio paguem pelo crime”. Após a necropsia aconteceu o enterro (às 21h) no Cemitério São José.


Resgate



Segundo a guarnição do Corpo de Bombeiro, quando chegaram ao local, o corpo já tinha sido resgatado por comunitários e estava enrolado em sacos plásticos, por isso, só fizeram a remoção até Parintins. De acordo com o PM Patrick, que trabalha no Mocambo, populares informaram que o corpo havia boiado e quando chegou ao local verificou que a mão e os pés do idoso estavam amarrados. “Além disso, ele estava sem roupa. Fizemos os procedimentos, inclusive trouxemos a pedra e há indícios dos supostos assassinos”, relatou o militar. O comunitário Manoel Cardoso, que acompanhou o translado do corpo a Parintins, acredita no latrocínio, porque o dinheiro da vítima, rancho e o DVD não estavam mais casa dela no interior.


Exame


O médico legista Jorge de Paula Gonçalves confirmou a reportagem a causa da morte. “Ele estava com os punhos e os tornozelos amarrados com fio elétrico, teve um traumatismo de face e outro de crânio. O exame de necropsia constatou que não havia infiltração de líquidos nos pulmões, prova que ele foi morto em terra, e depois a posteriori, jogado dentro d’água, com uma pedra amarrada no corpo. O defunto emergiu já numa profundidade razoável (cerca de 8 metros), o peso da pedra não foi suficiente para mantê-lo no fundo. O cadáver teve ataque da fauna aquática e o início da decomposição fez com que o corpo viesse a tona, houve ataque de urubus também”, informou Jorge de Paula.

O médico ressalta que nos últimos dias ocorreram três mortes violentas em Parintins. “Nesses últimos dias aconteceram coisas que nós ficamos pavorosos, teve aquele atropelamento na madrugada de domingo, perto da Ponte Amazonino Mendes, depois de praticamente dois dias houve aqueles disparos de arma de fogo, e agora esse cidadão vítima de latrocínio”, ressaltou o legista. A Polícia Civil investiga o caso.


Geandro Soares

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