O corpo do fazendeiro
Joaquin Nina dos Santos, 73 anos, vítima de latrocínio (roubo seguido de morte),
foi encontrado boiando no lago do Mocambo, na manhã de hoje (07), por alguns
pescadores, com os punhos e tornozelos amarrados a um fio elétrico e uma pedra
na cintura. O crime teria acontecido quarta-feira (05) a noite, na cabeceira São
Luiz, comunidade São Pedro do Distrito Mocambo do Arari, quando ele estava bebendo com
os dois suspeitos do crime, que segundo moradores têm entre 20 e 25 anos de
idade e saíram da comunidade ontem.
Uma guarnição do Corpo
de Bombeiro foi ao local e trouxe o
cadáver (que estava em decomposição) ao Instituto Médico Legal de Parintins, às
19h, em uma lancha, acompanhada de
dois moradores da comunidade (Manoel Domingos, 63, e Manoel Cardoso, 61) e o PM
Patrick. O legista Jorge de Paula com apoio dos técnicos auxiliares Afrânio de
Jesus e Benedito Pimentel realizou o exame necroscópico que apontou que o idoso
foi assassinado com pauladas na cabeça e face, e depois foi amarrado e jogado
no rio. O dinheiro, rancho e DVD da vítima não foram encontrados.
Joaquin Nina morava na rua Cordovil,
Centro, e segundo o filho Carlos Cardoso de vez em quando ia para a comunidade
São Pedro, onde tinha uma fazenda. “Nessa última viagem meu pai foi pra fazenda
dele passar o gado da várzea à terra firme. Ainda não caiu a ficha da morte
dele, era uma pessoa que tinha uma grande vitalidade, infelizmente morreu dessa forma trágica, a gente quer que o caso seja
esclarecido e os autores desse latrocínio paguem pelo crime”. Após a necropsia
aconteceu o enterro (às 21h) no Cemitério São José.
Resgate
Segundo a guarnição do
Corpo de Bombeiro, quando chegaram ao local, o corpo já tinha sido resgatado por
comunitários e estava enrolado em sacos plásticos, por isso, só fizeram a
remoção até Parintins. De acordo com o PM Patrick, que trabalha no Mocambo, populares
informaram que o corpo havia boiado e quando chegou ao local verificou que a mão
e os pés do idoso estavam amarrados. “Além disso, ele estava sem roupa. Fizemos
os procedimentos, inclusive trouxemos a pedra e há indícios dos supostos
assassinos”, relatou o militar. O comunitário Manoel Cardoso, que acompanhou o
translado do corpo a Parintins, acredita no latrocínio, porque o dinheiro da
vítima, rancho e o DVD não estavam mais casa dela no interior.
Exame
O
médico legista Jorge de Paula Gonçalves confirmou a reportagem a causa da
morte. “Ele estava com os punhos e os tornozelos amarrados com fio elétrico, teve
um traumatismo de face e outro de crânio. O exame de necropsia constatou que
não havia infiltração de líquidos nos pulmões, prova que ele foi morto em
terra, e depois a posteriori, jogado dentro d’água, com uma pedra amarrada no
corpo. O defunto emergiu já numa profundidade razoável (cerca de 8 metros), o
peso da pedra não foi suficiente para mantê-lo no fundo. O cadáver teve ataque
da fauna aquática e o início da decomposição fez com que o corpo viesse a tona, houve
ataque de urubus também”, informou Jorge de Paula.
O médico ressalta que
nos últimos dias ocorreram três mortes violentas em Parintins. “Nesses últimos
dias aconteceram coisas que nós ficamos pavorosos, teve aquele atropelamento na madrugada de domingo, perto da Ponte Amazonino Mendes, depois de praticamente dois
dias houve aqueles disparos de arma de fogo, e agora esse cidadão vítima de latrocínio”,
ressaltou o legista. A Polícia Civil investiga o caso.
Geandro Soares
Nenhum comentário:
Postar um comentário