quinta-feira, 13 de março de 2014

Família de idoso morto em acidente vai realizar manifesto contra liberdade do acusado




A família de Francisco Costa, 75, que morreu vítima de um acidente de trânsito, dia 18 de janeiro deste ano, vai realizar uma manifestação pacífica denominada “Não Foi Acidente!” contra a liberdade do acusado do crime, o marítimo, Francisco Matias dos Santos. O manifesto vai acontecer dia 18 de março, às 7h no mesmo local do acidente, Rodovia Odovaldo Novo, nas proximidades do curral Lindolfo Monte Verde, do Boi Garantido, agremiação folclórica onde a vítima trabalhou por dez anos e até o dia do falecimento exercia a função de vigia na Universidade do Folclore Paulinho Faria.

“A comunidade está convidada a está presente dia 18 no lado do curral para tentarmos sensibilizar as autoridades a tomar alguma atitude para esse tipo de ocorrências, pois sabemos que a cada dia tem mais vítimas no terrível trânsito parintinense. A maioria das ocorrências de trânsito é causada por pessoas que não possuem carteira de habilitação, menores de idade e principalmente pessoas que passam a noite na bebedeira e no amanhecer causam acidentes de moto com vítimas”, declara o professor Orenildo Brito, filho da vítima.


Reação


O professor ressalta que a família sofre a perda de Francisco Costa. “Era um pai exemplar, saiu para comprar pão e voltou dentro do caixão. A maior dor é saber que um rapaz desses que passou a noite inteira bebendo e tirou a vida do papai e infelizmente está solto para responder em liberdade. Mesmo sem autorização para sair da cidade, ele continua trabalhando em um barco que viaja entre Parintins e Manaus. A Justiça está com a venda nos olhos, é como se a vida não valesse nada”.

Orenildo enfatiza que entrou com dois processos na justiça, um contra a locadora que alugou a moto e outro contra Francisco Matias. O idoso morreu quando retornava de bicicleta da padaria e foi atingido pelo acusado que conduzia uma motocicleta. Na 3ª Delegacia Interativa de Polícia (3ª DIP), Francisco Matias relatou em depoimento ao delegado Ivo Cunha, que na data do acidente estava como titular da 3ª DIP, que tinha consumido bebida alcoólica, porém, jamais teria coragem de tirar a vida de alguém. Ele foi preso em flagrante por homicídio doloso, pela confissão de dirigir embriagado, mas pouco tempo depois foi solto para responder o crime em liberdade. Tentamos entrar em contato com o acusado do acidente fatal, mas não obtivemos êxito. 

Geandro Soares

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